Mulher sofre violência doméstica e é mantida em cárcere privado pelo marido no Paraná: medo de perder a guarda dos filhos

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Mulher relata ser mantida em cárcere privado pelo marido e sofrer violência doméstica há cinco anos, no Paraná

À polícia, mulher disse que já chegou a conseguir denunciar caso anteriormente, mas tinha medo de perder a guarda dos três filhos, de 9 e 12 anos e seis meses de idade. DE tenta identificar defesa do suspeito.

Mulher foi atendida pela Polícia Militar (PM), em Guarapuava — Foto: Eduardo Andrade/RPC

A Polícia Militar (PM) atendeu, nesta segunda-feira (21), uma mulher de 28 anos que relatou ser mantida em cárcere privado pelo marido e sofrer violência doméstica do homem há cerca de cinco anos. O caso aconteceu em Guarapuava, na região central do Paraná.

De acordo com a PM, neste período a vítima já chegou a conseguir denunciar o caso anteriormente, mas desistiu de seguir em frente por medo de perder a guarda dos três filhos. Uma das crianças tem 6 meses de idade, outra 9 anos e outra 12. Saiba mais abaixo.

A polícia chegou até a mulher após receber uma denúncia anônima. Ao chegar na casa dela, no bairro Morro Alto, a equipe a encontrou com ferimentos que, de acordo com a corporação, indicavam agressões sofridas recentemente e outras mais antigas.

O suspeito, de 28 anos, não estava no local e não foi encontrado pela PM.

“Também estavam presentes na residência a sogra da vítima, além de sua cunhada. A equipe passou a questionar sobre os fatos denunciados, contudo a vítima os negava ou dava um jeito de atenuar a gravidade dos fatos. Devido ao desconforto em que a situação gerava, tendo em vista que a vítima estava próxima dos familiares de seu convivente, foi proposto que ela e seus filhos fossem encaminhados até à sede do 16° BPM. Assim, foi conversado em particular com a mesma”, relata a polícia.

Ainda de acordo com a corporação, a vítima relatou que sofria violência física, psicológica e financeira do marido.

Ela foi atendida por assistentes sociais e acolhida pelo Centro de Referência em Apoio à Mulher (CRAM).

O caso foi encaminhado para investigação da Polícia Civil.

O nome do suspeito não foi revelado e DE tenta identificar a defesa dele.

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VÍTIMA TINHA MEDO DE PERDER A GUARDA DOS FILHOS SE DENUNCIASSE O MARIDO, DIZ PM

À PM, a vítima informou que anteriormente pediu ajuda por meio de um e-mail voltado a vítimas de violência doméstica.

“Ela recebeu visita de assistentes sociais, entretanto, devido ao seu estado de vulnerabilidade, acabava dispensando o auxílio e negando as agressões. Revelou que tinha um grande receio de perder a guarda das crianças em caso de encaminhamento à assistência social”, diz o relatório da PM.

Segundo o oficial Ândreo Taborda, o receio é comum entre vítimas de violência doméstica.

> “Ela se sentiu coagida pelo fato que teve esse medo, que é um medo muito frequente em violência doméstica – o medo de perder a guarda dos filhos. Algumas mulheres se sentem coagidas, pensando: ‘Eu vou denunciar o meu marido e os meus filhos vão ir pra outro lugar, não vão ficar comigo’. Só que, felizmente, os filhos ficam com a com a vítima. Eles são encaminhados juntamente com a vítima”, explica o policial.

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