A suspeita de envenenar três membros de uma família com um bolo contaminado com arsênio, Deise Moura dos Anjos, foi encontrada morta na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, no Rio Grande do Sul. O caso chocou o país após a ingestão do bolo em uma confraternização familiar na véspera de Natal de 2024, resultando na morte de Neuza Denize dos Anjos, Maida Berenice da Silva e Tatiana dos Anjos.

A Polícia Penal informou que Deise foi encontrada sem sinais vitais durante a conferência matinal na prisão. Imediatamente, os servidores prestaram os primeiros socorros e acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que confirmou o óbito ao chegar ao local.

As circunstâncias da morte serão apuradas pela Polícia Civil e pelo Instituto-Geral de Perícias. O caso do bolo envenenado ocorreu em 23 de dezembro de 2024, quando seis integrantes da família consumiram o bolo e apresentaram sintomas de intoxicação. Além das três mortes, outras duas pessoas foram hospitalizadas.

A polícia coletou provas e obteve indícios de que Deise era a responsável pelo envenenamento, levando à sua prisão preventiva por triplo homicídio qualificado e tripla tentativa de homicídio. No decorrer da investigação, a polícia descobriu que o sogro de Deise havia morrido meses antes e suspeitou que ele também poderia ter sido envenenado. O corpo foi exumado, e a perícia confirmou a presença de arsênio no sangue, reforçando a suspeita de que Deise o envenenou.

Além disso, o marido e o filho de Deise ingeriram arsênio diluído em um suco de manga preparado por ela, mas não precisaram de atendimento médico. Deise é tratada como uma ‘serial killer’ pela polícia devido às mortes e supostas tentativas de assassinatos em série. O marido da suspeita prestou depoimento à polícia, que continua investigando o caso.