Mulher tem fotos divulgadas como garota de programa e é perseguida em Anápolis

Administradora tem fotos divulgadas como garota de programa e é perseguida

Uma administradora goiana tem sido alvo de perfis falsos que a retratam como garota de programa. A denúncia foi feita por Maiara Jéssica Ferreira, moradora de Anápolis, que acredita estar sendo vítima de perseguição pelo ex-namorado.

“Vem homens aqui de dia, de noite, de madrugada. Eles chegam querendo entrar, batendo forte no portão. Ontem mesmo vieram três”, conta ao G1.

A situação começou logo após o ex voltar para a Espanha, país onde nasceu. Segundo Maiara, os fakes começaram a ser criados em fevereiro e a apresentam como garota de programa, além de compartilhar o endereço da casa onde ela mora.

“Eu vivo amedrontada 24h por dia e à base de remédios. Não dá para viver sã em uma situação dessas”, desabafou Maiara.

Namoro

Maiara contou ter conhecido o ex em dezembro de 2022, quando uma amiga o apresentou, dizendo que era uma boa pessoa. O homem afirmou ter vindo da Espanha para Anápolis a fim de abrir um restaurante espanhol.

Segundo a mulher, de início, o homem era muito simpático. Após um mês de namoro, ele passou a ter ciúmes obsessivos que fizeram-na decidir terminar o relacionamento. A administradora relatou que o término foi um pesadelo e que chegou a registrar um boletim de ocorrência contra as perseguições.

“Ele começou a me ligar, comecei a bloquear. Ele arrumava vários números para me ligar […]. Ele me xingava, dizia que ia mandar me matar, tirava fotos do meu portão, mandava pessoas mandarem recado para mim na academia”, detalhou.

Com toda a situação, Maiara começou a torcer para que o homem retornasse para a Espanha e que parasse de persegui-la. No entanto, em fevereiro, ele retornou ao país de origem e tudo se tornou pior. “Quando ele voltou para a Espanha, minha vida acabou. Ele começou a fazer perfis fakes com meu endereço e localização”, diz.

A partir daí, a administradora começou a ser perseguida por homens e passou a ter medo. Ela chegou a pedir exoneração do órgão em que trabalhava e colocou a casa onde mora para vender. Além das perseguições, o homem também começou a ameaçá-la e também a família dela.

“Não aguento mais esses homens vindo aqui, não me sinto segura. Tenho muito medo”, lamentou.

Um boletim de ocorrência foi registrado pela mulher na Polícia Civil, que investiga o caso.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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