Mulher tenta entrar nos EUA com caixa de fezes de girafa: “queria fazer um colar”

Uma mulher tentou entrar nos Estados Unidos com uma caixa contendo fezes de girafa, mas foi barrada pelo Serviço de Alfândega e Proteção de Fronteiras do país (CBP) no Aeroporto Internacional de Minneapolis. O caso aconteceu na quinta-feira, 05, e a passageira chegou a declarar as fezes no território norte-americano.

A mulher, que havia saído do Quênia, afirmou que obteve as fezes no país de origem. Segundo comunicado do CBP, ela disse que “queria fazer um colar” com o material e que já havia usado fezes de alce anteriormente para a mesma finalidade.

De acordo com a diretora do CBP, LaFonda D. Sutton-Burke, isso é um perigo real “trazer matéria fecal para os Estados Unidos”. “Se essa pessoa tivesse entrado nos EUA e não tivesse declarado esses itens, há uma grande possibilidade de uma pessoa ter contraído uma doença por causa dessas joias e desenvolvido sérios problemas de saúde”, relatou.

A caixa foi apreendida por especialistas em agricultura e as fezes foram destruídas por esterilização a vapor, segundo informações do protocolo de destruição do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda).

“Os especialistas em agricultura da CBP mitigam a ameaça de pragas, doenças e contaminantes não nativos que entram nos Estados Unidos. Eles têm amplo treinamento e experiência em ciências biológicas e agrícolas, inspecionam viajantes e cargas que chegam por via aérea, terrestre e portos marítimos”, afirmou Augustine Moore, Diretor do Porto da Área da CBP em Minnesota.

Para que fezes de animais entrem nos Estados Unidos é necessária uma Licença de Serviços Veterinários.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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