Mulher trans é encontrada morta dentro da própria casa

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Uma mulher trans foi encontrada morta na própria casa em Belford Roxo, no Rio de Janeiro, na última terça-feira, 25. Julia Nicolly Moreira da Silva, de 34 anos, era técnica de enfermagem e foi assassinada a facadas e amordaçada dentro da residência. A família da vítima acredita que tenha sido crime de ódio. 

Segundo as informações relatadas pelos vizinhos, o crime ocorreu por volta das 21h, quando dois homens foram à casa da técnica de enfermagem, no Parque São Vicente. Horas depois, a dupla foi vista saindo da residência com o carro de Julia, o que deixou algumas crianças, que estavam brincando próximo ao local, alarmadas. Eles acharam a movimentação dos suspeitos estranha e chamaram os pais. 

Ao serem notificados, os vizinhos foram à casa dela e ao notarem que a mulher não estava respondendo aos chamados, arrombaram a porta. Ao entrarem, encontraram a técnica amordaçada e com um algodão na boca, além de inúmeras marcas de facadas pelo corpo. 

O carro de Julia foi encontrado com marcas de sangue no dia seguinte do crime, em outro bairro da mesma cidade. Dentro do veículo foram encontrados documentos, cartões e dinheiros de da vítima, apenas o celular dela foi levado. 

Julia trabalhava como técnica de enfermagem na Organização Social (OS) Ideais, no Hospital Getúlio Vargas Filho em Niterói e no Hospital da Mulher de São João de Meriti. Através de uma nota, a Organização lamentou a perda da funcionária e destacou que os “funcionários afirmam que ela sempre foi muito comprometida, competente e prestativa”.

De acordo com informações divulgadas, essa não foi a primeira agressão sofrida por Julia. Em julho de 2021, a técnica foi esfaqueada por um homem dentro da própria casa. Ela teria conhecido o agressor em um bar, e ambos teriam ido para a residência dela, onde foi cometido o crime. Ele foi preso em flagrante e foi condenado por tentativa de feminicídio por motivos torpes, em que a vítima nem teve condições de defesa.

Um ano após ter sido esfaqueada por este homem que foi condenado, Julia recebeu uma ameaça do agressor, disse a família. O enterro da técnica aconteceu nesta quinta-feira, 27, ao meio-dia, no Cemitério da Sda Solidão em Belford Roxo.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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