Mulheres de Goiânia estão em 3º no ranking de consumo abusivo de álcool

Um levantamento inédito revelou que as goianienses estão em terceiro lugar nacional no  exagero do consumo de álcool. Em uma década, o aumento foi de 6,72%, porcentagem acima da média nacional registrada pelo Datasus entre 2010 e 2020, que foi de 4,25% por ano no período.  A capital líder no ranking nacional é Curitiba (8,03%), seguida de São Paulo (7,34%). Elas são o público que mais ingere em excesso esse tipo de bebida, de modo geral.

 

As mortes fatais delas em decorrência do comportamento desregrado chegou a duas por hora em 2020, quando o total chegou a 15.490 óbitos de mulheres. A pesquisa do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA) define consumo abusivo desse tipo de bebida como a ingestão de quatro ou mais doses diárias, para elas, e de cinco ou mais doses, para eles. O principal grupo feminino afetado pelo problema está na faixa etária acima de 55 anos de idade, sendo a principal doença chamada cardíaca hipertensiva.

 

De acordo com o psiquiatra Murillo Mascarenhas, o alcoolismo, considerado a dependência do álcool, é mais frequente em homens do que em mulheres. Do abuso a esse estágio são cerca de dez anos, segundo autoridades em saúde. A ciência já comprovou que o público masculino é mais tolerante ao álcool, mas ainda não se sabe se é porque começam a consumir bem antes que o grupo femino ou se haveria o fator comportamental. O especialista pontua que elemento tem potencial para intoxicar de forma aguda, que seria a embriaguez, mas gera efeitos mais graves com o tempo de uso.

 

“Temos 5 homens alcoolistas para cada mulher alcoolista. Mas existe uma fragilidade da mulher para o alcoolismo. Os homens se envolvem mais com álcool, se intoxicam mais e passam a ter dependência com mais frequência. Os locais de tratamento sempre têm muito mais homens que mulheres. O álcool é neurotóxico. Inclusive, existe uma demência alcoólica. As pessoas perdem a cognição e podem desenvolver psicose, perda de memória, desorientação espacial e temporal”, destaca.

 

O especialista afirma que tratamento é multidisciplinar, logo, envolve as assistentes sociais para identificar os casos e conversar com as famílias até psicólogo para acolher os pacientes e traçar metas psicoterapêuticas, além do médico para receitar medicações que podem reduzir a abstinência ou as complicações do álcool. A doença é multifatorial: tem questões culturais, comportamentais, psicológicas e médicas. 

 

Em outro estudo, os pesquisadores revelaram que as pessoas estão experimentando o álcool cada vez mais cedo. A quantidade de adolescentes entre 13 e 17 anos confidenciaram já ter ingerido bebida alcoólica entre 2012 e 2019 saltou de 52,9% para 63,2%, sendo as meninas as que mais consumiram o produto. Em geral, o excesso também foi verificado nesse público. A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou ainda que o uso de drogas pela primeira vez teve alavancada em dez anos: era 8,2% em 2009 e chegou a12,1% em 2019.

 

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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