Mulheres recebem 14% menos que homens em Piracicaba: dados do Observatório da Região Mostram Disparidade Salarial

mulheres-recebem-1425-menos-que-homens-em-piracicaba3A-dados-do-observatorio-da-regiao-mostram-disparidade-salarial

Mulheres recebem 14% menos que os homens na região de Piracicaba, aponta observatório

Salário médio de contratação das mulheres no 1º trimestre deste ano foi de R$ 2,1 mil, enquanto o dos homens foi de R$ 2,4 mil.

1 de 1 Carteira de Trabalho digital — Foto: Rodrigo Marinelli/de

Carteira de Trabalho digital — Foto: Rodrigo Marinelli/de

O salário médio de contratação de mulheres na Região Metropolitana de Piracicaba (RMP) no 1º trimestre deste ano foi 14,2% menor que o dos homens. Enquanto a remuneração média da mulher ao ingressar em um trabalho foi de R$ 2.125,66, a do homem foi de R$ 2.478,85.

Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, e foram apresentados em estudo do Observatório da Região Metropolitana de Piracicaba.

Dados da série histórica que no início de 2023 os homens já recebiam mais do que as mulheres recebem atualmente na região. Veja no quadro:

“Os salários médios de contratação permanecem maiores entre os homens. Apesar disso, caiu ligeiramente a disparidade entre homens e mulheres. Enquanto no terceiro trimestre de 2022 as mulheres eram contratadas por 84% dos salários oferecidos aos homens, no primeiro trimestre de 2025 essa proporção passou para 86%”, aponta análise do observatório.

DIFERENÇA NA VALORIZAÇÃO SALARIAL

De acordo com o levantamento, a diferença também é refletida na valorização salarial entre gêneros. A remuneração inicial oferecida às mulheres somou acréscimos de 15,4%, enquanto a dos homens, 12,8%.

VALORIZAÇÃO SALARIAL POR SETORES

No cenário geral, somando os dois gêneros, entre 2022 e 2025, o acréscimo aos salários de contratação não superou a inflação. Pelo contrário, ficou 0,4 pontos percentuais abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Administração pública, defesa e seguridade social, artes, cultura, esporte e recreação, informação e comunicação, eletricidade e gás, agricultura, pecuária, produção florestal e aquicultura tiveram valorização salarial na contratação acima de 20%.

Outros, como saúde humana e serviços sociais, alojamento e alimentação, comércio, reparação de veículos, automotores e motocicletas, atividades administrativas e serviços complementares e transporte, armazenagem e correio ofereceram remunerações na contratação acima da inflação.

Os demais permaneceram abaixo da inflação acumulada do período, de 13,9%.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp