Mulheres são a maioria do eleitorado, mas seguem com pouca participação

A partir desta terça-feira, 25, eleitores não poderão ser presos

Mais de 156,4 milhões de eleitores estão aptos a votar no Brasil nas eleições de outubro deste ano nos 5.570 municípios do país. Outros 657.078 brasileiros que estão no exterior também podem participar do pleito, votando em um dos 181 locais disponibilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em solo estrangeiro. Neste caso, o voto é exclusivamente para a presidência da República. Das quase 700 mil pessoas que vão votar no exterior, as mulheres são 59% e os homens, 41%.

Levantamento do TSE mostra que 53% do eleitorado total este ano é formado por mulheres. A maior parte das eleitoras (5,33%) tem entre 35 e 39 anos. Depois vem a faixa entre os 40 e 44 anos (5,32%); de 25 a 29 anos representa 5,2%. Apesar do voto no Brasil ser obrigatório entre 18 e 70 anos, um dado curioso é o número de eleitoras aptas a votar com 100 anos ou mais: elas são 87,4 mil.

Apesar de ser a maioria dos eleitores, a representação feminina nos espaços de poder é pequena. Em 2018, apenas 6 das 81 vagas para o Senado foram conquistadas por mulheres. Na Câmara Federal, somente 77 se elegeram entre os 513 deputados. Apenas uma mulher, Maria de Fátima Bezerra, do Rio Grande do Norte, foi eleita governadora.

Na distribuição regional dos eleitores, os três maiores colégios eleitorais – São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro concentram quase a metade dos votos do país (42,64%). São Paulo está em primeiro lugar, com 22,16% dos eleitores do país; seguido de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. Goiás figura em 12º no ranking.

Perfil em goiás

Goiás também tem entre seu eleitorado total de 4.754.945 pessoas aptas a votar, 52,5% de mulheres e 47,5% de homens. Dos 9 candidatos ao governo de Goiás, apenas duas são mulheres.

O eleitorado goiano jovem é formado por pouco mais de 41 mil pessoas entre 16 e 17 anos. Os idosos, com 70 anos ou mais são 357.077, sendo que 46,38% são de homens e 53,62% de mulheres. Os eleitores que declararam ter deficiência física ou mobilidade reduzida em Goiás somam 22.470 goianos.

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Gabinete de transição ganha reforço com Simone Tebet e Kátia Abreu 

Duas semanas após as eleições, o grupo de trabalho responsável pela transição do governo para a posse Lula ganhará reforços. Na lista de integrantes do gabinete que devem ser nomeados estão a ex-presidenciável Simone Tebet, a filha do cantor Gilberto Gil, Bela Gil, e a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Os nomes foram anunciados pelo vice-presidente eleito e coordenador do trabalho, Geraldo Alckmin,  nesta segunda-feira. Ao todo são 31 grupos técnicos.

Gil e Tebet fazem parte do tópico Desenvolvimento Social e Combate a Fome, enquanto Abreu de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As áreas ainda sem nomes definidos são Infraestrutura, Minas e Energia, Previdência Social, Trabalho, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento Agrário, Pesca e Turismo. (Veja abaixo todos os nomeados no gabinete de transição).

Na semana passada, a goiana Iêda Leal  foi incluída no grupo para cuidar do eixo e Igualdade Racial com outras seis pessoas, incluindo a ex-ministra da área na gestão de Dilma Rousseff, Nilma Gomes. As outras formações para discussão e planejamento são  Comunicação, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Planejamento, Orçamento e Gestão, Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas e Mulheres. 

Há 20 anos, uma lei federal garante acesso de uma equipe formada por 50  pessoas e de um coordenador a informações e dados de instituições públicas. A medida visa colaborar no planejamento de ações a partir da posse do presidente eleito. O trabalho está autorizado a  começar no segundo dia útil do anúncio do vencedor da eleição e deve ser finalizada até o décimo dia após a posse presidencial.

Confira a lista completa dos integrantes do gabinete de transição:

Economia

-Persio Arida, banqueiro, foi presidente do BNDES e do BC

-Guilherme Mello, economista, colaborou com o programa de Lula

-Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento de Dilma (PT)

-André Lara Resende, economista e um dos pais do Plano Real

Planejamento, Orçamento e Gestão

-Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento 

-Esther Dweck, professora da UFRJ

-Antônio Correia Lacerda, presidente do Conselho Federal de -Economia

-Enio Verri, deputado federal (PT-PR)

Comunicações

-Paulo Bernardo, ministro das Comunicações de Dilma

-Jorge Bittar, ex-deputado (PT)

-Cézar Alvarez, ex-secretário no Ministério das Comunicações

-Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Indústria, Comércio e Serviços

-Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES sob Lula e sob Dilma (2007-2016)

-Germano Rigotto, ex-governador do RS (MDB)

-Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea

-Rafael Lucchesi, Senai Nacional

-Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Micro e Pequenas Empresas

-Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária

-Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae

-André Ceciliano, candidato derrotado ao Senado pelo PT no Rio

-Paulo Feldmann, professor da USP

Desenvolvimento Social e Combate à fome

-Simone Tebet, senadora (MDB)

-André Quintão, deputado estadual (PT-MG), sociólogo e assistente social

-Márcia Lopes, ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula

-Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff

-Bela Gil, apresentadora

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

-Carlos Fávaro, senador (PSD-MT)

-Kátia Abreu, senadora (Progressistas-TO)

-Carlos Ernesto Augustin, empresário

-Neri Geller, deputado (PP-MT)

Cidades

-Márcio França, ex-governador de São Paulo (PSB)

-João Campos, prefeito do Recife (PSB)

Desenvolvimento Regional

-Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP)

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