Mulheres são metade das empreendedoras no setor de alimentação fora do lar

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Mulheres são metade das empreendedoras no setor de alimentação fora do lar

As mulheres são maioria do setor de alimentação fora do lar no Brasil e em Goiás. Uma pesquisa revelou que elas correspondem a mais de 1,6 milhão de trabalhadoras na área, de acordo com dados do  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) solicitados pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-GO) em Goiás. O número corresponde a 54% do segmento formal e 56% do mercado informal.

 

“A força feminina é evidente entre os bares e restaurantes. Aos poucos vamos equilibrando o jogo entre quem empreende, ampliando nossa presença e mostrando que nosso setor está à frente desta transformação. Entre a força de trabalho já somos maioria. Isso é mais uma prova de como a alimentação fora do lar é cada vez mais inclusiva e diversa”, afirma a líder do Conselho Nacional da Abrasel, Rosane Oliveira.

 

Em Goiás, muitas mulheres conquistaram reconhecimento pelo trabalho na gastronomia. Uma das mais conhecidas é a chef de cozinha Elaine Moura. Ela é responsável pelo Buffet Acontece e pela franquia de pipocas PopCorn Gourmet. A empreendedora chegou a vencer a primeira etapa regional do concurso “Pequenos Negócios”, promovido pelo Sebrae. 

 

O público feminino tem sócios em apenas 37,58% do total, enquanto a estatística em por segmentos cai quando se trata da indústria (31,02%), comércio (35,52%), agropecuária (36.63%) e na construção civil (24,76%). Ao todo, as mulheres somavam em 2020, 46%  das lideranças tanto dos negócios com sócios ou microempreendimentos individuais (MEIs). 

 

As mudanças culturais para igualdade de gênero já começaram em muitas empresas. O levantamento da Abrasel apontou que 41% dos 1,4 mil representantes de empresas do setor afirma já ter implantado paridade de gênero nas equipes e na gerência e outros 30% pretendem implantar em breve. Apenas 29% declarou não haver viabilidade. Durante as celebrações do dia da mulher, em 8 de março deste ano, Lula divulgou ter enviado um projeto de lei ao Congresso Nacional que trata sobre o assunto.

 

O texto prevê a publicação de relatórios de “transparência salarial e remuneratória” de homens e mulheres em empresas com mais de 20 funcionários. Os empregadores que mantiverem a diferença salarial podem ser multados em cinco vezes mais o salário pago ao trabalhador ou ainda em dez vezes em caso de reincidência. Atualmente, a Consolidadção das Leis Trabalhistas (CLT) determina que, “sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade”. 

 

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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