“As mulheres precisam se ver como protagonistas nas esferas do poder”
As mulheres estão preocupadas em ocupar espaços nas diferentes esferas da política brasileira. Embora seja 54% do eleitorado, a representação feminina gira em torno de 10%. Por isso, a pouco menos de quatro meses das eleições, elas estão buscando se mobilizar. Será realizado no próxima quinta-feira (21), às 18 horas, no teatro João Alves de Queiroz, que fica na rua Castorina Bittencourt Alves, Jardim Goiás, em Goiânia, o seminário “Mulheres Transformando a Política”, promoção conjunta do Núcleo Goiânia do Grupo de Mulheres do Brasil e a Comissão Goiás da Associação Brasileira das Mulheres de Carreira Jurídica.
A estrutura do seminário está dividida em dois grandes momentos: a palestra de abertura, com o Secretário de Governo de Goiás, Ricardo Balestreri, que abordará o tema “Direitos Humanos e a Mulher na Sociedade Brasileira”; e, na sequência, o Painel de Debates, intitulado: “Construção da Cidadania, Empreendedorismo Social e Mulheres na Política”. Confirmaram presença, como debatedoras: a senadora Lúcia Vânia (PSB), a vereadora, Dra. Cristina (PSDB); Rita Poli, Coordenadora da Procuradoria da Mulher do Senado da República; Maria Emília Brasil, Presidente da Associação Brasileira das Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJ-MT) e Raquel Teixeira, ex-Secretária de Educação do Estado de Goiás.
Para a advogada Larissa Junqeira Bareato, presidente da Associação Brasileira das Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJ), Comissão de Goiás, e coordenadora da Causa Políticas Públicas, do Núcleo Goiânia do Grupo Mulheres do Brasil, “as mulheres precisam se ver como protagonistas nas esferas do poder”. O simpósio, na opinião de Larissa, é uma maneira de colocar essa questão em discussão. Ela explica que o evento tem por objetivo discutir a participação das mulheres na política, seja classista ou partidária. Contribui também para que as demandas desse segmento sejam ouvidas, além de transformar as discussões em ações positivas para serem promovidas pela sociedade.
Parlamento
Segundo dados da ONU Mulheres, num ranking de 33 países latino-americanos e caribenhos sobre mulheres nos parlamentos nacionais, o Brasil ocupa a 32ª posição devido aos 9,9% de parlamentares eleitas. Está à frente somente de Belize (3,1%) e muito distante da primeira posição ocupada pela Bolívia, que detém 53,1% de mulheres no parlamento. Na América Latina e Caribe, a média do número de mulheres parlamentares nas Câmaras de Deputados ou Câmaras Únicas é de 28,8%. O Brasil também ocupa as últimas posições no ranking mundial de 172 países Mulheres na Política. Está posicionado em 154º lugar, considerando 10,7% de mulheres na Câmara e 14,8% no Senado.