Multas por degradação ambiental somam mais de R$ 4,3 milhões no oeste paulista; quase 480 hectares foram destruídos
Dados da Polícia Militar Ambiental obtidos pelo DE reforçam que, entre janeiro e outubro deste ano, 253 árvores foram cortadas ilegalmente. Aumento é de 60% em comparação a 2024.
Quase 480 hectares foram destruídos entre janeiro e outubro no Oeste Paulista
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As multas por degradação ambiental no oeste paulista somam, até agora, mais de R$ 4,3 milhões, conforme dados da Polícia Militar Ambiental obtidos pelo DE. Ao todo, entre janeiro e outubro deste ano, foram quase 480 hectares destruídos.
A Polícia Ambiental atua em 53 municípios da região de Presidente Prudente (SP)
[https://DE.globo.com/sp/presidente-prudente-e-regiao/cidade/presidente-prudente/]
e, nos primeiros dez meses deste ano, já identificou que 253 árvores, principalmente nativas, foram cortadas ilegalmente.
Este valor aumentou em 60% em comparação a 2024, quando a Polícia Ambiental registrou 158 árvores suprimidas no mesmo período deste ano.
Já sobre as áreas afetadas, considerando mata, floresta e canavial, foi identificado que 478,29 hectares foram degradados na região, entre janeiro e outubro deste ano. Considerando que um hectare equivale a 10 mil metros, foram 4,8 milhões de metros quadrados destruídos.
O tamanho da área degrada este ano na região de Presidente Prudente, por exemplo, é maior do que o Parque Ibirapuera, na cidade de São Paulo, que possui 158 hectares, e ultrapassa o tamanho do Central Park, em Nova Iorque (EUA), com área de 340 hectares.
Em 2024, no mesmo período, a área degrada foi de 252,72 hectares (2,5 milhões de metros quadrados). Em comparação a 2025, houve um aumento de quase 90%.
Segundo o comandante da Polícia Ambiental na região de Presidente Prudente, Júlio César Cacciari, a fiscalização ambiental, com os equipamentos de monitoramento e georreferenciamento da equipe, possibilita a identificação do possível culpado, que, antes, não era responsabilizado.
“As áreas degradadas, por vezes, são identificadas com precisão, com informações técnicas que dão características de quem foi o real causador do dano. Isso leva à responsabilização”, continua.
O principal fator para isso ocorrer são os incêndios florestais, que, segundo Cacciari, são provocados propositalmente. “Na maioria das vezes, causados pelo homem e geram danos irreversíveis: destruição de fauna, flora, afugentamento de animais…”
“O impacto relativo à biodiversidade, a diversos outros aspectos que envolvem a importância de vegetação, que implicam áreas de calor, melhoria da qualidade de vida da população, melhoria térmica nas cidades. Isso é fundamental para que tenhamos uma boa qualidade de vida”, destaca.
**DESTRUIÇÃO AMBIENTAL**
Um dos casos mais recentes de árvores suprimidas foi registrado em um sítio de Teodoro Sampaio (SP), no dia 5 de novembro deste ano, quando um idoso de 62 anos cortou mais de 30 árvores e foi multado em R$ 10,2 mil.
Naquele momento, a Polícia Ambiental foi acionada para verificar o corte de árvores da espécie leiteiro (Tabernaemontana hystrix). No local, o proprietário informou que fez a limpeza do terreno por conta própria.
Outro exemplo, também em Teodoro Sampaio, foi registrado em 18 de outubro, quando um homem de 46 anos foi multado em R$ 30 mil por cortar 100 árvores nativas em uma área de 20 hectares no município.
Durante a fiscalização no local, os agentes mediram a área afetada, que chegou a 20,9 hectares. As árvores cortadas foram usadas como adubo. O homem afirmou que não participou diretamente da ação.
As autoridades encontraram troncos cortados, enterrados e arrancados, além de galhos picotados, alguns ainda com folhas verdes. A polícia também fez o comparativo de imagens de satélites, confirmando que cerca de 100 árvores nativas foram removidas da área.
Ainda na região do oeste paulista, um caso que chamou a atenção das autoridades foi um incêndio em uma plantação de cana-de-açúcar no limite entre Adamantina (SP) e Flórida Paulista (SP), que provocou um redemoinho de fogo. O fenômeno foi registrado no dia 11 de setembro deste ano. Assista ao vídeo acima.




