Multas por pesca ilegal no Araguaia passam de R$ 209 mil

As multas aplicadas pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), em operação contra pesca ilegal no rio Araguaia já alcançam o valor de R$ 209,5 mil. A fiscalização teve início há seis semanas.

O número de autos de infração lavrados no período chegou a 70 e o volume de pescado apreendido é de 215,8 kg. Os fiscais conseguiram salvar 14 tartarugas, além de 34 espécimes ainda com vida, que foram devolvidas à natureza.

Apreensões

A Semad já apreendeu 207 itens que estavam com os infratores autuados. Constam na lista 20 molinetes, nove carretilhas, 31 varas, um carretel, dois apetrechos, uma bateria, uma motocicleta, um motosserra, 25 tarrafas, oito redes, 12 canoas, 13 motores, uma lancha, um celular, cinco boias, dois espinhéis, uma zagaia, cinco cadeiras para barcos, 12 cambuís, 50 pindas, três caixas térmicas, sete tanques de combustível, quatro armas e cinco munições.

Ele estava com outros dois homens em uma embarcação na região da Viúva, em Nova Crixás. Com eles, havia armas e munições. Os três foram conduzidos à delegacia, com apoio do Batalhão Ambiental da Polícia Militar.

Números da última semana

Só na última semana, a Semad recolheu 37,8 kg de pescado, desses 33 kg foram doados para a Secretaria de Ação Social de São Miguel do Araguaia.

O restante foi armazenado em um freezer em Aruanã para futura doação. Em uma das autuações, a equipe encontrou meio quilo de carne de jacaré, que estava inapropriada para consumo e foi destruída.

O balanço da sexta semana também resultou em 11 autos lavrados, R$ 34,8 mil em multas, duas tartarugas resgatadas e a apreensão de dois espinhéis, cinco boias, oito tarrafas, duas redes, uma caixa de isopor, uma moto e três armas.

Na comparação com a quinta semana, o valor de multas aplicadas aumentou quase 188%, a quantidade de autos lavrados sofreu acréscimo de 120% e o volume de pescado apreendido subiu 8%.

Regras para pescar

Em Goiás, a Semad editou normativas para garantir que a atividade de pesca não comprometa o equilíbrio da biodiversidade nos rios, córregos e demais corpos hídricos que cortam o território do Estado.

É obrigatório, por exemplo, que o pescador esteja licenciado. Este processo de autorização é feito pela internet, no portal Expresso, do Governo de Goiás.

É vedado o transporte de qualquer quantidade de pescado e só existe a permissão para o consumo, no local, de no máximo cinco quilos de peixe por pescador, por licença emitida.

Outra regra importante está na Instrução Normativa 02/2020, disponível no site da Semad: que determina que existe um tamanho mínimo e máximo para cada espécie de peixe que pode ser pescado nas bacias hidrográficas de Goiás.

No Araguaia pode-se citar, por exemplo, o Mandubé (que precisa ter entre 30 e 35 cm), o Tucunaré (de 30 a 40 cm) e a Apapá (que precisa ter de 40 a 55 cm).

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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