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Multigrana: Vereador Zander Fábio diz que denúncia contra ele é vazia

Última atualização 29/08/2017 | 14:48

O vereador Zander Fábio (PEN) usou a tribuna da Câmara Municipal para se defender da denúncia apresentada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) contra ele no âmbito da Operação Multigrana. Depois, respondendo as perguntas dos jornalistas, o parlamentar afirmou que está surpreso e se sente injustiçado pela acusação.

“Me senti surpreso e injustiçado. Na denúncia, fui tido como uma das pessoas que gerenciava um esquema. Como gerencio um esquema se não participo do dia a dia da instituição? Todo mundo sabe que vereador não indica secretário. Em momento algum participei de indicação do presidente Dario (Paiva, ex-presidente do PEN) para a Agetul”, alegou.

Zander argumentou que o próprio dirigente partidário negou, em depoimento, que recebeu indicação para ocupar a secretaria. “O Dario foi muito claro ao dizer que a articulação foi feita por ele e pelo ex-presidente (da Agetul)”, disse.

Além de indicar o suposto gerenciamento de Zander no esquema ilícito no Mutirama, a peça acusatória do MPGO cita alguns depósitos feitos na conta do vereador que, conforme a denúncia, seriam oriundas das irregularidades investigadas na Multigrana. Em sua defesa, o parlamentar diz que nenhum depósito é originário de ilícito.

“Expliquei na minha oitiva que foi fruto da venda de um carro. Todo os outros recursos são oriundos do meu salário na Câmara. Eu poderia doar até 100% do meu patrimônio”, ponderou. Zander completou dizendo que não há provas substanciais contra ele e desqualificando a peça. “Isso configura, no meu entendimento, uma denúncia totalmente vazia. Não há nada que me ligue a essa fraude”, asseverou.

Multigrana

A Operação Multigrana, coordenada pelo promotor Ramiro Carpenedo Neto, apurou que organização se aproveitava da dificuldade de monitoramento dos valores, pagos sempre em dinheiro nas bilheterias, e atuava de dois modos principais. Caso os bilhetes já utilizados fossem descartados de forma intacta, eram reaproveitados e “vendidos” novamente. Se os bilhetes fossem rasurados ou rasgados, fazia-se uma duplicação e reimpressão desse ingresso, devolvendo para o caixa, para contabilização do dinheiro a menos. Nos dois casos, os valores com a segunda venda dos ingressos ficavam com o grupo.

Além do vereador Zander Fábio, outras nove pessoas foram denunciadas na operação. São elas: Clenilson Fraga da Silva, Dário Alves Paiva Neto, Davi Pereira da Costa, Deoclécio Pereira da Costa, Fabiana Narikawa Assunção, Geraldo Magela Nascimento, Larissa Carneiro de Oliveira, Leandro Rodrigues Domingues e Tânia Camila de Jesus Nascimento de Sousa.