Município de Maranhãozinho-Maranhão devolve R$ 1,9 milhão do Fundeb após fraude na EJA: lição de transparência na educação

municipio-de-maranhaozinho-maranhao-devolve-r24-12C9-milhao-do-fundeb-apos-fraude-na-eja3A-licao-de-transparencia-na-educacao

O município de Maranhãozinho, no Maranhão, chegou a um acordo para devolver R$ 1,9 milhão do Fundeb após uma fraude envolvendo matrículas da Educação de Jovens e Adultos (EJA). De acordo com o Ministério Público Federal do Maranhão (MPF-MA), a cidade inseriu informações falsas no sistema Educacenso, como quantidade maior de alunos, incluindo pessoas falecidas e até estudantes de outras cidades e estados.

A Justiça Federal homologou o acordo para que o montante de R$ 1,9 milhão, recebido de forma indevida pelo município de Maranhãozinho, seja devolvido aos cofres públicos. A ação foi movida pelo MPF-MA após a constatação da inserção de dados fraudulentos no Educacenso, utilizado no Censo Escolar. O acordo contou com a participação do FNDE, Inep e o próprio município.

Segundo a investigação, Maranhãozinho declarou um número de matrículas muito superior ao real no programa de EJA, resultando no recebimento indevido de recursos do Fundeb. A Controladoria-Geral da União (CGU) apontou que em 2023, o município declarou 2.632 alunos matriculados na EJA, quando na verdade eram apenas 659. Além disso, foram identificadas outras irregularidades, como inclusão de alunos de outras localidades e até falecidos.

A sentença de homologação reconheceu a validade do acordo, determinando que o município devolva o valor desviado, exclua os alunos fraudulentos do Censo Escolar de 2023 e corrija as informações no Educacenso. Essas ações visam regularizar a situação e impedir futuras fraudes no sistema educacional. O FNDE recalculando as estimativas do Fundeb com base nas informações reais fornecidas.

A lição a ser aprendida com esse caso é a importância da transparência e da integridade nas informações prestadas ao sistema educacional. A fiscalização rigorosa e a cooperação entre órgãos como o MPF, FNDE e CGU são essenciais para garantir que os recursos públicos sejam utilizados de forma correta e eficiente na área da educação. Corrigir erros e punir os responsáveis são passos importantes para aprimorar a gestão educacional no país. Em um cenário onde a educação é fundamental para o desenvolvimento social e econômico, a conduta ética e responsável deve ser prioridade.

Box de Notícias Centralizado

🔔 Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram e no WhatsApp