‘Musas do estelionato’ aplicavam golpes de até R$50 mil

‘Musas do estelionato’ aplicavam golpes de até R$50 mil

Duas mulheres foram presas neste domingo em Itanhaém, no litoral sul de São Paulo. Segundo a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da cidade, Maria Celene dos Santos e Letícia Donner Brandão vendiam “terrenos fantasmas” e chegaram a extorquir R$50 mil em uma única venda. Jovens e bonitas, a dupla recebeu o apelido de “musas do estelionato”.
Durante o golpe, Letícia apresentava-se como corretora de imóveis enquanto Maria Celene sustentava a versão de que era proprietária do imóvel e que, por uma urgência familiar, precisava vendê-lo por um preço abaixo do normal. Para extorquir as quantias, então, a dupla exigia o depósito de uma porcentagem do valor como forma de sinalização da compra. De acordo com o portal G1, uma criança autista chegou a ser usada nos encontros de Letícia com alguns clientes, como forma de sensibilizar possíveis compradores e agilizar as vendas.

As mulheres foram localizadas por força do mandado de prisão expedido contra as duas – que já respondiam a processos anteriores, também de estelionato. Encaminhadas à cadeia pública de São Vicente , a dupla agora aguarda julgamento.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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