Museu Nacional: reencontro com o Bendegó e o cachalote após incêndio – Programação especial e avanços no restauro.

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O Museu Nacional abre as portas ao público pela primeira vez desde o incêndio que devastou o prédio histórico e seu acervo de mais de 20 milhões de itens. A partir de quarta-feira (2), os visitantes terão a oportunidade de reencontrar o icônico meteorito Bendegó, conhecer o esqueleto de um cachalote, e acompanhar de perto o avanço das ações de restauro.

A reabertura do Museu Nacional marca um momento especial, com a programação especial “Entre Gigantes: uma experiência no Museu Nacional” acontecendo de terça a domingo, até o dia 31 de agosto, com entrada gratuita. Os ingressos estão disponíveis na plataforma Sympla. Os visitantes poderão testemunhar os avanços no restauro do palácio, reencontrar o meteorito Bendegó e conhecer uma nova aquisição da instituição: o esqueleto de um cachalote de 15,7 metros de comprimento, afixado na nova claraboia do edifício.

O Bendegó, considerado um dos ‘tesouros’ do Museu Nacional, tornou-se um símbolo de resistência da instituição depois de sobreviver ao incêndio. Pesando 5,6 toneladas, a pedra foi encontrada em 1784 na Bahia e levada para o Rio a mando do Imperador Dom Pedro II em 1888. O meteorito, juntamente com outras peças da coleção de meteorítica, estão acompanhados das obras do artista visual wapichana Gustavo Caboco, que ressignificou o Bendegó em uma série de trabalhos artísticos.

No pátio da escadaria monumental, os visitantes poderão apreciar o esqueleto do cachalote, uma das novidades do acervo que passou por um complexo processo de restauração. Com cerca de três toneladas, a peça foi preparada com técnicas especializadas ao longo de dois meses, incluindo consolidação óssea, pintura e reposição de estruturas esqueléticas. O Museu Nacional também está lançando uma campanha para batizar o exemplar.

A terceira sala da exposição é dedicada à história do Museu e à reconstrução do palácio, destacando aspectos arquitetônicos, de restauro e exibindo peças originais sobreviventes. A parceria com o Projeto Museu Nacional Vive tornou possível a realização da exposição, ressaltando a resiliência dos trabalhadores, a excelência dos trabalhos em andamento e a relevância científica do acervo. A gerente executiva do projeto, Lucia Basto, destaca a importância de apreciar os elementos artísticos restaurados, revelando detalhes ocultos mesmo antes do incêndio. A reabertura do Museu Nacional é um marco na história cultural do Brasil e um convite para a sociedade celebrar a nova fase da instituição.

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