Maternidade Dona Iris faz mutirão para vacinação de grávidas
Iniciativa será na próxima quarta-feira (10) e terá como foco a imunização contra o vírus causador da bronquiolite, destinada a gestantes a partir da 28ª semana de gestação.
O Hospital e Maternidade Dona Iris, em Goiânia, fará um mutirão de vacinação destinado principalmente às mulheres grávidas. O foco será a imunização contra o vírus causador da bronquiolite, cujas doses já começaram a ser distribuídas em Goiás.
O mutirão será realizado na próxima quarta-feira (10), das 8h às 17h, na entrada lateral da maternidade, onde uma equipe de vacinação atenderá a população. No caso da vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR), apenas gestantes a partir da 28ª semana de gestação podem ser imunizadas.
A coordenadora de enfermagem do hospital, Maressa Fernandes, esclarece que serão oferecidas vacinas para toda a população, mas o público-alvo são as grávidas.
“Será oferecida uma diversidade de imunizantes, ou seja, todas as vacinas da cobertura vacinal. Vamos receber crianças, adultos e gestantes. Mas o principal é destinar atenção às mulheres grávidas que podem se imunizar contra o vírus sincicial respiratório, que previne formas graves da bronquiolite”, explicou Maressa.
A vacina contra a bronquiolite antes só estava disponível na rede privada, onde cada dose poderia custar até R$ 1,5 mil, segundo o Ministério da Saúde. A disponibilização no SUS foi viabilizada por um acordo entre o Instituto Butantan e o laboratório produtor, que prevê a transferência de tecnologia para o Brasil.
Para se vacinar, é necessário levar documento com foto, cartão do SUS e cartão de vacina. O Hospital e Maternidade Dona Iris fica na Alameda Emílio Póvoa, 165, no bairro Vila Redenção.
Por que se vacinar
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), o VSR é a principal causa de bronquiolite em crianças menores de 2 anos, sendo responsável por cerca de 75% dos casos provocados por vírus e por aproximadamente 40% das pneumonias. Por isso a importância da vacinação nas gestantes, que protege os bebês desde o seu nascimento.
Segundo a SES, além das manifestações agudas, a infecção pode causar sequelas respiratórias de longo prazo, como chiado no peito recorrente e bronquiolite que obstrui o fluxo respiratório, o que eleva a demanda por atendimentos, internações e cuidados intensivos pediátricos.
De acordo o Ministério da Saúde, o Brasil registrou 43,1 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados pelo VSR este ano, até 15 de novembro. Desse total, mais de 35,5 mil hospitalizações ocorreram em crianças com menos de 2 anos, o que representa 82,5% dos casos no período.




