Mutirão Fila Zero do Ambulatório Trans no DF tem mais de 300 inscritos

Ambulatório Trans realiza mutirão de atendimento no DF; fila tem mais de 300 inscritos

Mutirão Fila Zero acontece nesta terça-feira (10), das 8h30 às 17h, no Centro Especializado em Doenças Infecciosas, na Asa Sul. Atendimento gratuito é realizado por equipe multidisciplinar.

Com o intuito de acolher a população trans, travesti e não-binária, o Ambulatório Trans do Distrito Federal promove hoje o Mutirão Fila Zero. A meta é zerar a fila de espera, que conta atualmente com mais de 300 inscritos.

A ação gratuita ocorre das 8h30 às 17h, no Centro Especializado em Doenças Infecciosas (CEDIN), situado na EQS 508/509, na Asa Sul.

O atendimento é conduzido por uma equipe multidisciplinar que tem como propósito acolher e elaborar o Plano Terapêutico Singular (PTS) personalizado para cada participante.

O PTS representa uma ferramenta essencial para planejar cuidados individualizados e especializados, visando atender às necessidades específicas de cada pessoa. Em seguida, ocorre o encaminhamento para atendimentos especializados.

A escolha do dia 10 de dezembro para a realização do mutirão é uma forma de homenagear o Dia Mundial dos Direitos Humanos, data que relembra a adoção da Declaração Universal dos Direitos Humanos pela ONU em 1948.

Essa iniciativa é resultado de uma parceria entre o CentroDH (coletivo Brasiliense de Defesa de Direitos Humanos), o Grupo Estruturação (Grupo LGBT+ de Brasília), a equipe do Ambulatório Trans e a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF).

O Ambulatório Trans é o principal serviço de referência no Distrito Federal para o atendimento a população trans, travesti e não-binária. Dentre os serviços oferecidos estão sala de acolhimento, grupo de entrada do ambulatório, encaminhamento personalizado e construção do Projeto Terapêutico Singular (PTS).

Para mais informações, os interessados podem entrar em contato através dos e-mails: [email protected] ou [email protected], ou ainda pelos telefones: (61) 3041-8529 ou (61) 98141-3113. Não deixe de conferir mais notícias sobre a região no DE DF.

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AGU questiona mudanças de Zuckerberg no Facebook: desafio à liberdade de expressão?

AGU vs Meta: veja as mudanças de Zuckerberg questionadas pelo órgão

A Advocacia-Geral da União (AGU) notificou a DE, empresa dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, cobrando explicações sobre o anúncio do fim da checagem de fatos nas plataformas. O Metrópoles explica as mudanças propostas pela empresa de Mark Zuckerberg e os possíveis conflitos com o governo brasileiro.

O que aconteceu? Na última terça-feira (7/1), o CEO da DE, Mark Zuckerberg, anunciou que as redes deixarão de ter um departamento dedicado à checagem de fatos. No lugar, será instalado um modelo de notas da comunidade — ferramenta similar àquela usada pelo X, rede social do bilionário Elon Musk. Zuckerberg alegou que os checadores de fato têm sido politicamente parciais. O empresário afirmou que a DE voltará a priorizar a liberdade de expressão. A mudança gerou desconforto e foi criticada por integrantes do governo Lula (PT). O presidente Lula considerou grave a mudança na política de moderação na DE. Em meio a isso, o petista voltou a defender a regulação das redes sociais no Brasil. Após o anúncio, a AGU oficiou a DE, nessa sexta-feira (10/1). O órgão do governo federal quer que a empresa de Zuckerberg explique as mudanças na política de checagem de fatos. A AGU deu 72 horas (ou três dias) para a empresa enviar respostas. Caso a DE não responda, o governo pode aplicar medidas legais ou judiciais contra a empresa.

Além das mudanças na checagem de fatos, a DE atualizou as diretrizes do Facebook, Instagram e WhatsApp. Uma delas é o fim de uma série de restrições do que pode ser postado nas plataformas, como questões de gênero, orientação sexual e imigração.

Outras novas medidas são a retomada do chamado “conteúdo cívico” — publicações e discussões relacionadas à política, governo, eleições e assuntos de interesse público — e a exclusão do trecho que citava que o discurso de ódio virtual tinha efeitos no mundo físico. Também foram modificadas diretrizes que dão o aval para que os usuários associem pessoas LGBTQIA+ com transtornos mentais e que escrevam sobre limitações profissionais baseadas em gênero. A DE ainda eliminou trecho que proibia a desumanização de mulheres com fulcro em comparações com objetos inanimados e estados não humanos.

O QUE DIZ A AGU?

Para a AGU, a DE e outras big techs “devem assumir suas responsabilidades com o ambiente informacional íntegro”. O órgão federal reforça que é preciso que essas grandes empresas adotem medidas para combater a desinformação para, pelo menos, mitigar os danos à população que usam esses produtos e serviços. No ofício enviado para a DE, a AGU destacou que é “imprescindível” a necessidade da empresa proteger os direitos fundamentais, com respeito à legislação infraconstitucional e à Constituição Federal de 1988.

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