Presidente nacional do PSDB e ex-governador de Goiás, Marconi Perillo encarou uma situação um tanto atípica na noite da última segunda-feira, 24. Ele compareceu à inauguração da nova sede da Câmara de Vereadores de Aparecida e foi convidado a sentar-se à mesa de autoridades, na parte superior do plenário. Chamado ao púlpito, o tucano fez um discurso focado no trabalho do presidente daquele poder, André Fortaleza (PL).
Marconi foi sucedido pelo governador em exercício, Daniel Vilela, que entre os tópicos abordados em sua fala, enumerou ações e projetos do Governo do Estado naquela cidade e ainda mencionou o que há por vir de benefícios para os aparecidenses. E, de quebra, destacou aspectos da liderança do governador Ronaldo Caiado que, implicitamente, faziam contraponto a Marconi.
O ponto alto foi a menção de Daniel à implantação do Distrito Agroindustrial Norberto Teixeira (Dianot) em uma área antes ocupada pela Colônia do Regime Semiaberto que, em breve, estará apta a receber 200 indústrias, com geração de 30 mil empregos diretos e indiretos.
Esta obra saiu do papel por determinação de Caiado, em atendimento à antiga demanda da prefeitura e dos moradores daquele município, que entendiam que o Semiaberto, naquele espaço, travava investimentos e provocava temor e insegurança nos moradores da região. Marconi prometeu a transferência do Semiaberto nas suas duas últimas campanhas ao Palácio das Esmeraldas, em 2010 e em 2014.
Daniel ainda mencionou a queda dos índices de criminalidade em Aparecida. “Hoje as famílias daqui andam com tranquilidade”, ressaltou. E falou do convênio que será assinado nos próximos dias com a prefeitura para as obras que estenderão a GO-020, ligando Aparecida à Bela Vista de Goiás. Naturalmente, como determinava o rito da sessão de inauguração da Câmara – e, óbvio, por não se tratar de um debate público -, Marconi, que já havia discursado antes de Daniel, teve que ouvir as falas do governador em exercício em silêncio.