Na chegada ao Brasil, Bolsonaro ‘frustra’ apoiadores e vai à sede do PL

Na chegada ao Brasil, Bolsonaro 'frustra' apoiadores e vai à sede do PL

Depois de 89 dias nos Estados Unidos, após o desfecho de seu mandato como presidente da República, Jair Bolsonaro retornou ao Brasil. Na manhã desta quinta-feira, 30, o ex-parlamentar frustrou os apoiadores que o aguardavam no Aeroporto de Brasília, deixando o local por uma saída lateral. Ele partiu diretamente para a sede do Partido Liberal (PL).

A chegada de Bolsonaro ao Brasil

Jair Bolsonaro chegou ao Aeroporto de Brasília às 6h37. Cerca de 100 apoiadores o esperavam no local, inclusive pessoas que faltaram ao trabalho a fim de recepcioná-lo. Contudo, o ex-presidente deixou o estabelecimento às 7h40, por uma saída lateral, sob escolta da Polícia Federal (PF).

Apesar de ser um procedimento padrão para ex-presidentes a saída pelo hangar da PF, a atitude não deixou de frustrar os bolsonaristas que lá estavam. Na garagem da sede do PL, Bolsonaro teve a recepção de um dos seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro, além do presidente do partido, Valdemar Costa Neto, o deputado Hélio Lopes e o ex-secretário Fábio Wajngarten.

Outro político que esteve presente na recepção ao ex-presidente na sede do PL foi o senador Marcos de Val, que há cerca de dois meses acusou Bolsonaro de participar de um golpe contra o ministro Alexandre de Moraes.

Em discurso na sede do PL, Bolsonaro mandou indiretas a Lula, afirmando que “eles não vão fazer o que querem da nossa nação”. Enquanto isso, o atual presidente informou por meio das redes sociais que passará o dia participando de reuniões com os ministros Silvio Almeida, Simone Tebet, Márcio Macedo e Ana Moser.

Confira a escolta do ex-presidente:

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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