Na gestão Gustavo Mendanha, Aparecida foi apenas a 171ª no Ideb 2021, em Goiás

Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão do Ministério da Educação, apontam que Aparecida de Goiânia, segundo maior município do Estado e o terceiro maior PIB goiano, é apenas a 171ª cidade no ranking estadual do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) na avaliação do Ensino Fundamental – Anos Iniciais de 2021.

O município da Região Metropolitana foi administrado por Gustavo Mendanha, atual candidato ao governo de Goiás pelo Patriota, de janeiro de 2017 a março de 2022. Aparecida perdeu dois décimos na avaliação deste ano em relação a avaliação de 2019, quando tinha nota 5,6. Mesmo assim, o município saiu da posição 183ª para 171ª. No ranking nacional, Aparecida de Goiânia ocupa a 2823ª posição.

Na região Metropolitana de Goiânia, Aparecida fica atrás de Trindade, que foi classificada com nota 5,8 no índice 2021, e empata com Hidrolândia, que tem os mesmos 5,4 no Ideb. O município de Gustavo Mendanha também perde para Anápolis, que obteve nota 6,0 no estudo e para Rio Verde, que aparece com nota 6,3.

A colocação ruim de Aparecida de Goiânia no Ideb corrobora a queda do município no último Ranking de Competitividade dos Municípios, um estudo do Centro de Liderança Pública, que avalia 65 indicadores, organizados em 13 pilares temáticos. Divulgado no último dia 13/09, o estudo mostrou que Aparecida caiu 42 posições em relação ao ranking anterior. No pilar “Acesso à Educação”, medido pelo ranking, Aparecida de Goiânia perdeu 28 posições, tendo seu pior desempenho no indicador “Alunos em Tempo Integral – Ensino Fundamental”, que desceu 83 pontos.

Mesmo com Aparecida de Goiânia experimentando resultados tão ruins em relação à educação do município, o ex-prefeito da cidade criticou o segundo lugar nacional de Goiás no Ideb 2021. O Estado, que alcançou nota 4,5 no Ensino Médio, fica atrás apenas do Paraná, que tem nota 4,6.

De acordo com o Inep, a pandemia deve ser considerada na análise dos resultados da avaliação e do indicador. Ao contrário de Goiás, o Paraná adotou na pandemia a aprovação automatica de todos alunos da rede (o continuum curricular), o que ajudou o estado a melhorar seu desempenho nesse quesito. A Secretaria de Educação de Goiás preferiu não adotar o mecanismo por ele mascarar o déficit de ensino dos alunos na rede.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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