Na linha de frente, covid matou mais enfermeiras que médicas em um ano

O trabalho na linha de frente de atendimento de pacientes com covid causou muitos óbitos entre profissionais de saúde. A maior parte deles é de enfermeiras pretas e pardas com até 60 anos de idade. O menor registro de óbito aconteceu entre médicas. O estudo inédito da Fiocruz aponta para o perfil dos trabalhadores que atuaram na pandemia. Entre março de 2020 a março de 2021, 622 médicos, 200 enfermeiros e 470 auxiliares e técnicos de enfermagem morreram em decorrência da doença.

 

“A enfermagem tem uma inserção mais institucional, assalariada e com tempo de trabalho pré-determinado. Boa parte da enfermagem no Brasil tem assegurado o direito formal à aposentadoria. Na medicina é exatamente o contrário, pois infelizmente os médicos estão cada vez mais de forma autônoma no mercado profissional. A outra questão é que as categorias da enfermagem têm inserção no mercado de trabalho em fases da vida bastante distintas. Os técnicos podem iniciar a jornada por volta dos 18 anos, por exemplo. Os enfermeiros, assim como os médicos, precisam primeiro se formar na universidade, mas o curso de Medicina é mais longo, fazendo que com que esses profissionais entrem mais tarde no mercado, o que também contribui para o prolongamento das suas carreiras”, detalha a pesquisadora Maria Helena Machado.

 

De acordo com o artigo “Óbitos de médicos e da equipe de enfermagem por Covid-19 no Brasil: uma abordagem sociológica”, cerca de 80% dos enfermeiros e dos técnicos ou auxiliares de enfermagem mortos  por covid tinham até 60 anos. Já entre os médicos, 75% das vítimas estavam acima desta faixa etária. Outros detalhes apontados foram as especialidades mais “mortais”: a assistência e de atendimento contínuo de grandes populações, ginecologia-obstetrícia, clínica médica, pediatria e cirurgia geral. A maioria deles atendia no Pará , Amazonas, Rio de Janeiro e São Paulo.

 

Com grande importância técnica e estratégica, médicos e profissionais de enfermagem somam mais de 2,9 milhões de profissionais, o que representa 72,5% do total da força de trabalho em saúde do país. 

 

Raio-X dos profissionais de saúde mortos na pandemia de covid

 

Período: março de 2020 a março de 2021 

Vítimas: 622 médicos, 200 enfermeiros e 470 auxiliares e técnicos de enfermagem.

Idade: 

-cerca de 80% dos enfermeiros e dos técnicos ou auxiliares de enfermagem mortos tinham até 60 anos

– 75% dos médicos estavam acima desta faixa etária

Perfil da enfermagem: mulheres enfermeiras (59,5%), pretas e mulheres auxiliares de enfermagem (69,1%)

-Perfil da medicina:  homens médicos (87,6%) e mulheres médicas (12,4%)

-Especialidades: assistência e de atendimento contínuo de grandes populações, ginecologia-obstetrícia, clínica médica, pediatria e cirurgia geral 

-Regiões: Sudeste (Rio de Janeiro e São Paulo) e  Norte (Pará e Amazonas)

 

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Pesquisa Quaest revela que Caiado faz história em Goiás

Detalhes da pesquisa indicam que o governador é bem avaliado em todos os segmentos sociais; a população aprova os principais serviços e expressa satisfação em viver em Goiás.

O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) encerra 2024 com razões significativas para comemorar. Além de um desempenho notável nas eleições municipais, onde conseguiu eleger aliados na maioria das cidades, os dados da pesquisa Genial/Quaest refletem uma gestão que já se destaca na história de Goiás. Caiado alcançou uma aprovação de 88% entre os goianos, um feito inédito para um governador desde o início das pesquisas de opinião.

Os detalhes da pesquisa revelam que a aprovação do governador é praticamente uniforme entre todos os estratos sociais. Sua gestão apresenta uma avaliação positiva de 74% (soma de ótimo e bom), enquanto 18% a consideram ‘regular’ e apenas 4% fazem uma avaliação negativa (classificando como ruim ou péssimo).

Regionalmente, o governo Caiado possui uma avaliação positiva de 71% em Goiânia. Na Região Metropolitana, esse índice é de 77%, e no interior, atinge 75%. A reprovação é mínima: apenas 6% na capital, 4% no interior e 1% na Região Metropolitana. A aprovação é de 71% entre as mulheres e 77% entre os homens.

Entre os jovens (16 a 30 anos), a aprovação do governo Caiado é de 69%, aumentando para 76% entre aqueles de 31 a 50 anos e chegando a 78% entre os mais velhos (51 anos ou mais). Em relação à escolaridade, 71% dos que têm ensino fundamental ou médio aprovam o governo, enquanto esse índice sobe para 82% entre os graduados.

No que diz respeito à renda, a aprovação se estende tanto aos mais pobres quanto aos mais ricos. Entre aqueles que ganham até 2 salários mínimos, a aprovação é de 70%, subindo para 75% entre os que recebem entre 2 e 5 salários mínimos, e alcançando 76% para quem ganha mais de 5 salários mínimos. Caiado também é bem avaliado por católicos (77%) e evangélicos (73%).

Por fim, a Quaest cruzou a avaliação do governador Ronaldo Caiado com a preferência dos eleitores nas eleições presidenciais de 2022. O governo Caiado é aprovado por 72% dos votantes do presidente Lula (PT) e por 80% dos eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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