Na luta contra o Covid: cidades brasileiras receberão “telemedicina” com uso de inteligência artificial

Dez cidades brasileiras receberão treinamento e tecnologia de telemedicina com inteligência artificial para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.A iniciativa é do Instituto Votorantim que lançou nessa terça, dia 21, edital para inscrição dos municípios com mais de 350 mil habitantes.

O Instituto Votorantim doará o programa de inteligência artificial e treinamento para profissionais da saúde e gestores municipais para atender dúvidas dos cidadãos e também acompanhar pacientes com doenças crônicas e com suspeita de infecção pelo coronavírus.

Para a seleção das cidades, a entidade olhará principalmente a condição da epidemia da região. Serão atendidos os locais com maior demanda.

Para tentar impedir o colapso, o instituto aposta no uso de robôs em redes sociais para tirar dúvidas dos cidadãos. A tecnologia também será usada para o acompanhar o quadro clínico de pessoas com doenças crônicas que possam ter deixado de ir a consultas de rotina por medo de serem infectadas pelo Sars-CoV-2. E como funciona?

Com o uso do robô, a secretarias municipais de saúde poderão orientar as pessoas sobre a melhor forma de agir. Quando pacientes manifestarem sintomas do novo coronavírus mas não tiverem a infecção confirmada, agentes de saúde entrarão em contato. Os servidores terão em mãos as informações fornecidas pelo cidadão aos robôs do projeto.

A partir da entrevista, o profissional decidirá se o paciente deve ser encaminhado para teleconsulta ou se ele terá monitoramento do seu quadro clínico. No caso do acompanhamento dos sintomas, o paciente receberá durante 14 dias mensagens do robô sobre a evolução de sinais como febre e dores. Caso haja agravamento do quadro, o paciente é encaminhado para teleconsulta.

Todos os dados armazenados pelo programa ficarão disponíveis para consulta exclusiva dos agentes de saúde municipais. Os servidores serão treinados para interpretar essas informações, rastrear e acompanhar casos de risco leve, moderado e alto para a infecção pelo coronavírus. Desse modo, os profissionais de saúde que etão na linha de frente na luta contra a doença também serão poupados do risco de infecção por contato com o paciente. Profissionais afastados por pertencerem ao grupo de risco também poderão voltar a ativa na profissão através da teleconsulta.

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Israel ataca aeroporto no Iêmen com diretor da OMS presente no local

Israel realizou ataques aéreos nesta quinta-feira, 26, contra o aeroporto internacional de Sanaa, capital do Iêmen, e outros alvos controlados pelos rebeldes huthis. As operações, que deixaram pelo menos seis mortos, ocorreram após os disparos de mísseis e drones pelos huthis contra Israel. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o objetivo dos ataques é enfraquecer o que chamou de “eixo do mal iraniano”.

Os bombardeios atingiram o aeroporto de Sanaa e a base aérea de Al Dailami, além de instalações militares e uma usina de energia em Hodeida, no oeste do país. Testemunhas relataram ao menos seis ataques no aeroporto, enquanto outros alvos incluíram portos nas cidades de Salif e Ras Kanatib. Segundo o Exército israelense, as estruturas destruídas eram usadas pelos huthis para introduzir armas e autoridades iranianas na região.

Durante o ataque ao aeroporto de Sanaa, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, estava presente. Apesar dos danos e vítimas relatados, Tedros afirmou estar “são e salvo”. No entanto, um membro da tripulação de seu avião ficou ferido. A comitiva da OMS e da ONU que o acompanhava não sofreu ferimentos graves.

O Irã, aliado dos huthis, condenou os ataques israelenses, classificando-os como um “crime” e uma violação da paz internacional. Os rebeldes huthis também denunciaram os bombardeios, chamando-os de uma “agressão contra todo o povo iemenita”.

Desde 2014, os huthis controlam grande parte do Iêmen, incluindo Sanaa, após a derrubada do governo reconhecido internacionalmente. A guerra, que se intensificou com a intervenção de uma coalizão liderada pela Arábia Saudita, transformou o conflito em uma das maiores crises humanitárias do mundo.

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