Na ONU, Temer aponta redução de desmatamento na Amazônia

O presidente Michel Temer afirmou que houve uma redução de 20% no desmatamento da Amazônia no último ano no discurso de abertura da 72ª assembleia geral da Organização das Nações Unidas (ONU), na manhã desta terça-feira (19), em Nova York. Ele declarou que o “novo Brasil” que está surgindo das reformas será “mais aberto” ao mundo. Temer também falou sobre a Coreia do Norte, a crise na Venezuela e negociações de paz no Oriente Médio.

“O Brasil orgulha-se de ter a maior cobertura de florestas tropicais do planeta. O desmatamento é questão que nos preocupa, especialmente na Amazônia. Nessa questão temos concentrado atenção e recursos. Pois trago a boa notícia de que os primeiros dados disponíveis para o último ano já indicam diminuição de mais de 20% do desmatamento naquela região. Retomamos o bom caminho e nesse caminho persistiremos”, declarou.

Temer disse que governo está preocupado com a questão do desmatamento, especialmente na região. A afirmação na ONU acontece após o seu governo ser acusado por organizações não-governamentais e ambientalistas de ceder a interesses comerciais em detrimento do meio ambiente com a publicação do decreto sobre a extinção da Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca) e liberação da exploração mineral em parte da área.

A reserva, entre os estados do Amapá e do Pará, foi criada em 1984 e tem mais de 4 milhões de hectares. A região tem potencial para exploração de ouro e outros minerais, entre os quais ferro, manganês e tântalo. Após as críticas, o governo fez um novo decreto, com algumas mudanças práticas embora tenha mantido a extinção da reserva e liberação da exploração mineral em parte da área.


As informações são do G1

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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