Joe Biden e sua esposa, Jill Biden, ficaram lado a lado enquanto o novo presidente americano prometia, com a mão sobre a Bíblia, que defenderia a Constituição dos Estados Unidos. “Então, Ajude-me, Deus!”, disse, repetindo as palavras do Juíz da Suprema Corte, John G. Roberts Jr.
A cerimônia está sendo transmitida ao vivo para todo o mundo por muitos jornais, mas presencialmente o público é limitado, as cadeiras são colocadas distantes umas das outras e todos usam máscaras, além do fato de estarem cercados por mais de 20 mil homens da Guarda Nacional americana, de plantão em Washington.
Alguns membros da Suprema Corte, como Clarence Thomas e Samuel Alito (conservadores), não compareceram, mas pelo fato de que são mais velhos. A senadora democrata Amy Klobuchar falou em recuperação da democracia: “este é o dia em que nossa democracia se recupera e remove a poeira”. O próprio Biden, em seu discurso, assumiu o mesmo tom: “a democracia prevaleceu”.
A vice Kamala Harris também prestou seu juramento sob a Bíblia, e celebridades como Jeniffer Lopes e Lady Gaga se apresentaram. O presidente Donald Trump não apareceu, e deixou a casa Branca com a esposa Melania mais cedo, antes da posse.
Apesar dos juramentos a Deus e orações, Trump é o dono da maioria dos votos religiosos no país. Quando eleito, 81% de todos os evangélicos americanos votaram para o republicano, contra Hilary Clinton. Um dia antes de deixar o cargo, Trump criou o “Dia da liberdade religiosa” e o “Dia Nacional da Santidade da Vida Humana”, em linha com o movimento pró-vida.
Biden, que se declara católico, teve a comunhão negada por um sacerdote na Carolina do Sul, enquanto participava da missa na igreja Santo Antônio, em Florença. Ele tentou receber a hóstia, quando foi rejeitado pelo padre, por causa de sua postura favorável ao aborto. “Infelizmente, no domingo passado, dia 27 de outubro, tive que recusar a Sagrada Comunhão ao ex-vice presidente Joe Biden“, disse o padre Roberts E. Morey, a uma TV local.
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