A Polícia indicia namorado e policial da reserva suspeitos de matar estudante trans em Ilha Solteira

Carmen de Oliveira Alves, de 26 anos, está desaparecida há mais de dois meses. Ocorrência inicialmente tratada como desaparecimento de pessoa é investigada como feminicídio.

O delegado Miguel Rocha informou que os principais suspeitos, Marcos Yuri Amorim, namorado de Carmen; e o policial militar ambiental da reserva Roberto Carlos vão responder pelos crimes de feminicídio, ocultação de cadáver, supressão de documento e fraude processual. Roberto também será responsabilizado por falso depoimento, pois ele mudou a primeira versão do depoimento durante as investigações.

Antes da conclusão do inquérito, duas reconstituições foram realizadas: uma baseada na versão dada pelo namorado da jovem e outra pela versão do policial militar ambiental da reserva. A reconstituição no sítio apontado como local do crime, onde a jovem foi vista pela última vez, baseou-se na versão dada pelo namorado da jovem, Marcos Yuri Amorim.

O delegado responsável pelo inquérito policial afirmou que a investigação apontou como motivações para o assassinato o fato de Carmen pressionar Yuri para assumir o relacionamento e ter descoberto que ele cometia crimes, como furtos. Além disso, apontou a existência de um triângulo amoroso, no qual o policial da reserva preso teria ajudado Yuri no crime e mantinha uma relação com ele.

Pai de estudante trans morta em Ilha Solteira diz que vai à delegacia todo dia desde o desaparecimento da filha em busca de justiça. A perícia não identificou sangue em moto de namorado e caminhonete de policial suspeitos de assassinar a estudante desaparecida há 2 meses.

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