Namorado embriagado percorreu 23 km em 9 minutos antes de acidente fatal, aponta investigação

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Namorado de jovem morta em acidente no PR dirigiu 23 km em 9 minutos, aponta investigação

Segundo a polícia, motorista tomou duas garrafas de vodca em uma casa noturna antes de disputar um racha com outros veículos.

Câmeras registraram acidente em que jovem de 19 anos morreu no PR

O jovem de 22 anos indiciado por dirigir embriagado e disputar um racha que provocou o acidente que resultou na morte da namorada Isadora Boscariol Rossini, de 19 anos, percorreu 23 quilômetros em cerca de nove minutos. Segundo a Polícia Civil (PC-PR) de Nova Esperança, no norte do Paraná, ele atingiu a velocidade média de 153 quilômetros por hora. Assista acima.

O percurso foi entre as áreas urbanas do Distrito de Iguatemi, em Maringá, e as cidades de Mandaguaçu e Presidente Castelo Branco.

O acidente aconteceu na BR-376, no dia 25 de maio. De acordo com o delegado Diego Troncha, a investigação apontou que o motorista tomou duas garrafas de vodca em uma casa noturna de Maringá antes de disputar um racha com outros veículos.

No carro estavam Isadora e uma amiga dela, também de 19 anos, que sobreviveu ao acidente.

Na época, o motorista chegou a ser preso, mas pagou fiança de R$ 2 mil e responde ao processo em liberdade.

A polícia entendeu que namorado de jovem teve intenção de matar jovem em acidente por estar disputando racha e alcoolizado enquanto dirigia.

O homem foi indiciado lesão corporal e homicídio com dolo eventual, após a polícia entender que ele assumiu a intenção de matar ao combinar embriaguez ao volante, velocidade extrema e participação em racha.

A investigação levou em consideração provas técnicas, depoimentos, registros de radares e imagens de câmeras de segurança. Em um dos registros é possível ver quando o carro perde o controle e invade uma propriedade rural.

Troncha explicou que, durante a apuração do caso, algumas testemunhas apresentaram depoimentos contraditórios, negando que o motorista tivesse ingerido álcool. Contudo, as versões foram desmentidas por policiais rodoviários estaduais, que atestaram a embriaguez do indiciado na época do acidente.

Além disso, outras testemunhas acabaram admitindo que ocultaram provas do crime, retirando e descartando uma garrafa de vodca que estava no carro envolvido no acidente.

“A decisão pelo indiciamento por dolo eventual se fundamenta na análise técnico-jurídica de que o condutor, ao combinar os fatores de embriaguez, velocidade extrema e participação em “racha”, previu a possibilidade de um resultado trágico e, ainda assim, optou por prosseguir com sua conduta, demonstrando total indiferença pela vida e segurança de seus passageiros. Em outras palavras, ele assumiu o risco de matar”, explicou o delegado.

Outro homem de 23 anos, que estava dirigindo outro carro, foi indiciado pelo crime de disputa de racha.

O delegado explicou que o inquérito foi encaminhado ao Ministério Público do Paraná (MP-PR) que deverá decidir por denunciar ou não o homem. Caso a denúncia seja feita e aceita pelo Poder Judiciário, ele poderá ser submetido ao Tribunal do Júri.

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