“Não adianta me cantar”, diz Bolsonaro após ser chamado de gay

“Não adianta me cantar”, diz Bolsonaro após ser chamado de gay

No Dia Internacional contra a Homofobia, o presidente Jair Bolsonaro utilizou as redes sociais para responder o colunista da Revista Istoé Ricardo Kertzman, que publicou um artigo criticando os ataques homofóbicos feitos pelo chefe de Estado intitulado: “Bolsonaro, além de brocha, deve ser gay ‘passivo’; só pode”. “Não adianta tentar me cantar! Já disse que não jogo no time de vocês!”, rebateu Bolsonaro nas redes sociais. 

No começo da manhã desta segunda-feira, 17, Bolsonaro disse a apoiadores que é “imbrochável”, “imorrível e incomível”. Para Kertzman, se “há algo que esconde, ou melhor, entrega, algumas preferências secretas, conscientes ou não, do amigão do Queiroz, é a quantidade e frequência com que repete piadinhas repete piadinhas velhas e infantis sobre os gays. A fixação pelo ‘rabo’, então…”.

“Uma coisa é certa: homossexual latente ou não; brocha (ou meia-bomba) ou não, o presidente da República é, no mínimo, retrógrado, preconceituoso, inconveniente e infantil. É o tiozão do churrasco. Na verdade, é um tremendo de um babaca”, diz o artigo. 

“Tem alguns idiotas que até hoje ficam em casa”, afirma Bolsonaro

Ainda nesta segunda, o presidente Jair Bolsonaro criticou novamente as políticas de distanciamento social, uma das principais recomendações no combate à pandemia de Covid-19. “Tem alguns idiotas que até hoje ficam em casa”. 

A afirmação foi dada a apoiadores no Palácio da Alvorada, quando Bolsonaro comentou sobre uma manifestação em defesa do governo realizada no sábado, organizada principalmente por ruralistas. Segundo ele, se os trabalhadores rurais tivessem “ficado em casa”, o resto da população teria morrido de fome.

“O agro, realmente, não parou. Tem uns idiotas aí, o “fique em casa”. Tem alguns idiotas que até hoje ficam em casa. Se o campo tinha ficado em casa, esse cara tinha morrido de fome, esse idiota tinha morrido de fome. Daí, ficam reclamando de tudo. Quem tem salário fixo ou uma gorda aposentadoria, pode ficar em casa a vida toda, sem problema nenhum.” disse o presidente.

Fotos: Reprodução

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Lula promete zerar fome no país até fim do mandato

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu no sábado, 16, que, até o fim do mandato, nenhum brasileiro vai passar fome no país. A declaração foi feita no último dia do Festival Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, na região central do Rio de Janeiro.

“Quero dizer para os milhões de habitantes que passam fome no mundo, para as crianças que não sabem se vai ter alimento. Quero dizer que hoje não tem, mas amanhã vai ter. É preciso coragem para mudar essa história perversa”, disse o presidente. “O que falta não é produção de alimentos. O mundo tem tecnologia e genética para produzir alimentos suficientes. Falta responsabilidade para colocar o pobre no orçamento público e garantir comida. Tiramos 24 milhões de pessoas da fome até agora. E em 2026, não teremos nenhum brasileiro passando fome”.

O evento encerrou a programação do G20 Social, que reuniu durante três dias representantes do governo federal, movimentos sociais e instituições não governamentais. Na segunda, 18, e terça-feira, 19, acontece a Cúpula do G20, com os líderes dos principais países do mundo. A discussão de iniciativas contra a fome e a pobreza são bandeiras da presidência brasileira do G20.

“Quando colocamos fome para discutir no G20, era para transformar em questão politica. Ela é tratada como uma questão social, apenas um número estatístico para período de eleição e depois é esquecida. Quem tem fome é tratado como invisível no país”, disse o presidente. “Fome não é questão da natureza. Não é questão alheia ao ser humano. Ela é tratada como se não existisse. Mas é responsabilidade de todos nós governantes do planeta”.

O encerramento do festival teve a participação dos artistas Ney Matogrosso, Maria Gadú, Alceu Valença, Fafá de Belém, Jaloo Kleber Lucas, Jovem Dionísio, Tássia Reis, Jota.Pê e Lukinhas.

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