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“Não é racismo, só não sou obrigada a ser atendida por um negro”, diz mulher em lanchonete na Paraíba

Na última terça-feira, 8, uma cliente resolveu “reclamar”, por meio de mensagens através do aplicativo Whatsapp, de uma lanchonete em Campina Grande, na Paraíba, por ter sido atendida por um negro. De acordo com reportagem do site T5, o texto, que aparentemente foi escrito por uma mulher, diz que o jovem foi educado, mas a “pele escura” do rapaz “mancha a imagem” do estabelecimento.

“Então, fui atendida por um rapaz de pele escura hoje, com minha família. Eu acho que uma lanchonete do seu porte não deveria admitir isso. Isso é ruim, mancha a imagem da sua lanchonete. Não é questão de racismo, é só que não sou obrigada a ser atendida por um negro. Foi até um rapaz educado conosco, mas a cor dele não se nega, entende? O que incomoda é a questão de ser atendida por ele mesmo, isso desrespeita meu lugar e da minha família. Acho que cada um tem que se por no devido lugar, o atendente no dele”, escreveu.

O rapaz alvo de racismo é Gabriel Akhenaton, que trabalha no local. O rapaz afirmou que já passou por episódios de injúria racial, mas esse foi o pior. “De perseguições relacionadas a racismo eu sempre fui alvo, mas foi a primeira vez que fui atingido de uma forma tão brusca”, disse Gabriel.

A dona do estabelecimento chegou a rebater a mulher, mas resolveu procurar a delegacia para denunciar o crime de racismo. Um boletim de ocorrência foi registrado na 6ª Delegacia Distrital da cidade.