Press "Enter" to skip to content

“Não é um ataque, estamos em guerra”, declara primeiro-ministro de Israel

Última atualização 08/10/2023 | 10:43

Neste sábado, 07, o conflito entre Israel e Hamas culminou em guerra, devido a um ataque planejado pelo grupo palestino. Segundo as autoridades, já há centenas de mortos e milhares de feridos. Foguetes foram disparados por milícias palestinas em direção a Israel. O país atacou alvos em Gaza, como forma de resposta. A guerra foi confirmada pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

“Não em uma ‘operação’, não em um ‘ataque’, mas em guerra”, diz o primeiro-ministro israelense.

O ataque se iniciou quando os Hamas se infiltraram em ao menos sete cidades de Israel, se esgueirando pela cerca da fronteira e chegando por via aérea. Imagens das explosões foram transmitidas pela televisão local, mostrando homens armados palestinos entrando no país em motocicletas e caminhonetes.

As forças armadas de Israel, então, atacaram alvos em Gaza em resposta aos foguetes disparados pelo Hamas. Sirenes antiaéreas foram acionadas, sem evidenciar o motivo imediatamente.

Apenas no sábado já foram registrados centenas de mortos e milhares de feridos, incluindo civis, e o serviço de emergência de Israel tem prestado assistência. “Desde a manhã de hoje, as equipes do Magen David Adom prestaram assistência médica a centenas de feridos e certificaram a morte de 40 pessoas”, informara.

Em Gaza, o número de mortos ultrapassa 200 e de feridos, 1,6 mil, segundo o Ministério de Saúde palestino.

“Estamos em guerra”

A guerra foi confirmada pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que declarou que não é um ataque ou uma operação, reforçando ainda que o país está com a “milícia radical”. Além disso, ele ordenou a convocação de reservistas, prometendo que o Hamas “pagará um preço que nunca conheceu antes”.

Ele ordenou ainda que o exército local limpasse as cidades infiltradas de militantes dos palestinos. Em discurso transmitido na televisão israelense, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, alertou que a milícia cometeu um “grave erro” prometendo que Israel vencerá a guerra.

Posicionamento brasileiro

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), escreveu que o Brasil “não poupará esforços” para evitar a escalada do conflito entre Israel e palestinos.

“Fiquei chocado com os ataques terroristas realizados hoje contra civis em Israel, que causaram numerosas vítimas. Ao expressar minhas condolências aos familiares das vítimas, reafirmo meu repúdio ao terrorismo em qualquer de suas formas. O Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito, inclusive no exercício da Presidência do Conselho de Segurança da ONU”, escreveu Lula.

O presidente ainda conclamou a comunidade internacional a trabalhar para que as negociações sejam retomadas. “Conclamo a comunidade internacional a trabalhar para que se retomem imediatamente negociações que conduzam a uma solução ao conflito que garanta a existência de um Estado Palestino economicamente viável, convivendo pacificamente com Israel dentro de fronteiras seguras para ambos os lados”, continuou, na mensagem.