“Não existe igualdade sem combate a violência doméstica”, diz Gracinha Caiado

“Não existe luta por igualdade sem o combate efetivo à violência doméstica”, diz Gracinha Caiado no lançamento do aplicativo Mulher Segura

As mulheres de Goiás contam agora com mais um reforço para sua segurança. O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP), apresentou, nesta terça-feira, 16, em solenidade no auditório da pasta, o aplicativo Mulher Segura. Iniciativa se junta a outras medidas já em vigor, como o Pacto Pelo Fim da Violência Contra A Mulher, a criação da Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher (Deaem), o Protocolo Todos Por Elas em bares e restaurantes, além da expansão do Batalhão Maria da Penha para todos os 246 municípios goianos.

 

Por meio do aplicativo, a mulher em situação de perigo poderá pedir ajuda, acompanhar o deslocamento da viatura e ter sua localização compartilhada com os policiais. “A mulher poderá acompanhar em tempo real onde está a viatura, isso dará mais tranquilidade. Não existe luta por igualdade sem o combate severo e efetivo à violência doméstica”, explicou a presidente de honra da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) e coordenadora do Gabinete de Políticas Sociais (GPS), primeira-dama Gracinha Caiado.

 

Durante o lançamento do aplicativo, Gracinha Caiado destacou o trabalho da atual gestão do Executivo no combate a este tipo de violência. “O que nós temos feito com todas essas ações é ser ágil para que a mulher possa ter um maior respaldo. Essa nova tecnologia é completa e irá, sem dúvida nenhuma, prevenir tragédias, preservar nossas famílias e proteger as mulheres”.

 

Para o superintendente de Tecnologia em Segurança Pública da SSP, coronel Sebastião Nolasco, o aplicativo não vai substituir as ações já existentes e sim somar. “É mais um passo que o governo dá ao permitir que as mulheres tenham mais uma ferramenta para acionar a segurança pública nos momentos de perigo”.

 

A integração entre as forças de segurança e o rigor das ações do Estado são fundamentais para o aumento da segurança de mulheres em território goiano. “Esse aplicativo vem para acrescentar a essas outras ferramentas e políticas públicas. Foi elaborado para que a segurança pública possa dar a resposta imediata que a mulher precisa”, ressaltou a delegada Ana Elisa Gomes Martins, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam).

Como funciona

 

O aplicativo está disponível gratuitamente tanto para aparelhos com sistema Android como para os que possuem o sistema iOS. Ele conta com login autenticado para todas as mulheres, acionamento de emergência para casos de violência e ainda sistema de georreferenciamento para localização mais precisa do chamado.

 

Para usar o aplicativo primeiro é preciso fazer um cadastro e autenticação de acesso; na tela principal há um botão de solicitação de ajuda; com o acionamento pela mulher, um atendente confirma a ocorrência e uma viatura policial é enviada para o atendimento emergencial.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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