”Não posso tomar providência de tudo” diz Bolsonaro sobre reunião com Luis Miranda

Em entrevista à rádio Gaúcha, durante viagem ao Rio Grande do Sul, onde deve acontecer uma motociata nesse sábado (10), o presidente Jair Bolsonaro disse que o governo não gastou ”um real” com a vacina e que os fatos narrados na CPI da Covid sobre o superfaturamento do contrato da compra de vacinas são “história fantasiosa”. Informações são do DCM.

“Ele pediu uma audiência pra conversar comigo sobre várias ações. Eu tenho reunião com mais de 100 pessoas por mês, dos mais variados assuntos. Eu não posso simplesmente, ao chegar qualquer coisa pra mim, tomar providência”, afirmou Bolsonaro ao comentar a reunião relatada por Luis Miranda.

O deputado Luis Miranda e o irmão dele, servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, prestaram depoimento na CPI onde mostraram provas de superfaturamento na pasta. Luis Ricardo alega que sofreu pressão na pasta para liberar a importação da Covaxin, do laboratório indiano Bharat Biotech, e que tiveram um encontro com Bolsonaro para relatar sobre o caso.

Três bandidos

Além disso, Bolsonaro voltou a afirmar que não responderá a carta dos senadores Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice presidente da comissão, e o relator, Renan Calheiros. Bolsonaro classificou os senadores como ”bandidos”.

“Não tenho obrigação de responder. Ainda mais carta pra bandido. Três bandidos (Omaz, Renan, Randolfe)”, disse.

Essa não é a primeira vez que Bolsonaro ataca os senadores. Em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, Bolsonaro também atacou Renan Calheiros.

“Como é que você vai fazer uma sacanagem dessa? Só na cabeça de um que desvia no seu estado 260 milhões, como o Omar Aziz desviou, que pode falar isso daí. Só um cara com 17 inquéritos por corrupção e lavagem de dinheiro no Supremo, faz”.

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STF rejeita queixa de Michelle Bolsonaro contra Erika Hilton

Nesta quinta-feira, 26, o Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão significativa, rejeitando a queixa apresentada por Michelle Bolsonaro contra a deputada federal Erika Hilton. A queixa foi motivada por um comentário feito por Erika Hilton em março, que criticava a entrega do título de cidadã paulistana à ex-primeira-dama.

A decisão do STF mantém a imunidade parlamentar de Erika Hilton, protegendo-a de processos judiciais por declarações feitas no exercício de seu mandato. Essa imunidade é uma garantia constitucional para os parlamentares, permitindo-lhes expressar suas opiniões sem medo de represálias legais.

Acusações

Michelle Bolsonaro havia acusado Erika Hilton de injúria e difamação, alegando que as declarações da deputada a ofenderam. A ex-primeira dama pedia uma indenização de R$ 15 mil pelos comentários feitos pela parlamentar em março deste ano.

Na época, a psolista escreveu: “Não dá nem para homenagear Michelle Bolsonaro por nunca ter sumido com o cachorro de outra família porque literalmente até isso ela fez”. O comentário se refere ao caso do animal adotado pela ex-primeira-dama em 2020 que já tinha dono.

No entanto, o STF considerou que as afirmações de Erika Hilton estavam cobertas pela imunidade parlamentar, o que a isenta de responsabilidade legal por essas declarações.

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