Há duas semanas atrás, um grupo internacional de cientistas anunciou o descobrimento de um sistema solar com sete planetas como a Terra. Até então tudo o que tínhamos visto eram recriações digitais e até cartazes promocionais de viagens turísticas imaginárias a esses novos mundos encontrados.
Nesse domingo (12), a NASA divulgou imagens reais e em movimento, da estrela do novo sistema, a Trappist-1, captadas graças a seu telescópio espacial Kepler. As imagens mostram a quantidade de luz detectada por cada ponto, em uma pequena parte da lente a bordo do telescópio espacial Kepler, segundo explicação da própria NASA.
Como a estrela deste sistema está a 40 anos-luz, esses brilhos captados pelo telescópio espacial saíram de lá há quatro décadas. A luz da Trappist-1, uma estrela pequena e fria, do grupo chamado anãs vermelhas, é o ponto mais claro no centro da imagem.
Para o telescópio Kepler, por sua vez, os sete planetas de tamanho semelhante ao da Terra que orbitam essa estrela não foram diretamente visíveis. O que o telescópio consegue captar são as oscilações de brilho da estrela quando seus planetas cruzam o campo de visão, provocando oscilações em sua intensidade.
Os planetas em trânsito – nome que se dá quando eles cruzam entre a estrela e o observador bloqueiam uma pequena fração da luz estelar, que produz minúsculas distorções no brilho da estrela. Os telescópios captam essas distorções para procurar planetas de outros sistemas solares, método o mais bem-sucedido atualmente para a descoberta de novos mundos. Em 2011, o próprio Kepler já havia revelado, de uma única vez, mais de 1.200 candidatos a exoplanetas usando esta metodo.
Por se tratar de um sistema solar muito mais compacto que o nosso, os planeta do Trappist-1 cruzam com muita frequência diante da estrela, proporcionando muitas leituras por parte dos astrônomos. A NASA explica que um planeta do tamanho da Terra que passa na frente de uma pequena estrela anã ultrafria, como a Trappist-1, reduz menos de 1% de seu brilho.