Última atualização 14/11/2022 | 17:46
Faltando cerca de um mês e meio para o Natal, a ida ao supermercado já sinaliza que a ceia deverá ser mais salgada neste ano. Além da alta da inflação, o retorno do aumento dos transportes e o cenário internacional ajudam a encarecer os produtos. Carnes como bacalhau, peru e chester já sofrem reajustes naturais devido à sazonalidade, mas neste ano os preços podem subir até 30% a partir deste mês de novembro.
“Já temos visto aumento do panetone e frutas secas, por exemplo, assim como itens da cesta básica que também fazem parte da ceia natalina. O consumidor precisa ficar atento. A carne suína não aumentou neste ano. Provavelmente será uma válvula de escape com corte como lombo, tender e pernil”, pontua o economista Luiz Carlos Ongaratto.
Ele recomenda a antecipação de itens de alimentação típicos de Natal não perecíveis ou a revisão de receitas usando a criatividade para não pesar no bolso. A tradicional troca peru ou chester por frango não será uma boa neste ano. Segundo Ongaratto, o frango teve alta entre 20% e 30%, dependendo do estado, somente neste ano.
“Muito provavelmente o frango acompanhará esse novo patamar de preço que tende a aumentar devido à demanda no Natal. Não há previsão para queda do preço da ave”, avalia. A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos do Dieese apontou que o goianiense pagou 2,59% a mais pela cesta básica de alimentos entre setembro e outubro. A alta foi constatada em outras 11 capitais brasileiras. Alimentos como banana (19,15%), batata (23,36%) e tomate (17,63%) ajudaram a puxar a inflação para cima.
O economista explica que deflação dos últimos meses foi puxada pelos transportes e pela limitação do ICMS pelos estados sobre os combustíveis. “Não era exatamente uma queda de preço. Em outros segmentos, a alta acumulado neste ano é muito maior do que a média dos últimos 12 meses e bem acima da meta prevista pelo Banco Central”, completa.