Natália Pasternak diz que cloroquina ”leva pessoas a comportamentos irracionais”

Durante seu depoimento a CPI da Covid nesta sexta-feira (11), a pesquisadora e cientista Natália Pasternak criticou a defesa da cloroquina para o tratamento em casos de Covid-19. A microbiologista avisou que a defesa do medicamento e a indicação ”mata, porque leva pessoas a comportamentos irracionais”

A cientista afirmou que a cloroquina “nunca teve plausibilidade biológica para funcionar” e explicou que o médico apenas tem funcionalidade se usado em in vitro, tubos de ensaio.

 “O caminho pelo qual ela [cloroquina] bloqueia a entrada do vírus na célula só funciona in vitro, em tubo de ensaio. Nas células do trato respiratório, o caminho é outro. Então, ela nunca poderia funcionar”, explicou.

Ela defendeu ainda que é preciso analisar o histórico do medicamento no tratamento contra outros tipos de vírus. “Nunca funcionou para outras viroses, foi testada e falhou para várias doenças causadas por vírus. Evidências anedóticas não servem para ciência, elas são apenas causos, histórias”, continuou.

Para a cientista, a defesa do remédio ”não é negacionismo, é uma mentira orquestrada pelo governo federal e pelo Ministério da Saúde”.

Natália explicou que o medicamento foi testando várias vezes e ”em tudo” mas não demostro agir pela inação do vírus.

“Foi testada de todas as maneiras que os senhores podem imaginar: casos leves, graves, em camundongos, em macacos, em humanos. A cloroquina já foi testada em tudo, em animais, humanos, só não testamos em emas porque as emas fugiram”, ironizou a microbiologista, citando o episódio onde o presidente Jair Bolsonaro oferece uma caixa do remédio às emas que vivem ao arredores do Palácio da Alvorada.

Natália Pasternak  é formada em ciências biológicas pelo Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP). Fundadora do Instituto Questão de Ciência (IQC), a brasileira foi a primeira a integrar o Comitê de Investigação Cética.

 

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Menina de 2 anos desaparecida é encontrada dormindo em guarda-roupa no Paraná

Uma menina de 2 anos, dada como desaparecida, foi localizada dormindo dentro de um guarda-roupa na própria residência, em Rolândia, Paraná. O caso aconteceu na tarde desta terça-feira, 24, e mobilizou a Polícia Militar após a família acionar as autoridades.

Segundo relatos da avó, que estava responsável pela criança no momento, as duas brincavam na sala quando ela se distraiu por alguns instantes. Logo depois, percebeu que a menina não estava mais no local e notou que o portão da casa estava aberto.

Preocupada, a avó descreveu à polícia como a neta estava vestida, o que deu início a buscas na região. Enquanto o registro da ocorrência era realizado, a criança foi encontrada dormindo dentro de um guarda-roupa, para alívio de todos.

A Polícia Militar do Paraná reforçou a importância de atenção redobrada com crianças pequenas e destacou que, felizmente, o desfecho do caso foi positivo.

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