Caso Dona Lourdes II: comandante da lancha vai a júri popular
O naufrágio da lancha Dona Lourdes II, que ocorreu próximo a Belém em setembro de 2022, resultou na trágica perda de 23 vidas, com outras 55 pessoas conseguindo sobreviver ao acidente. O proprietário da embarcação, Marcos de Souza Oliveira, teve determinação da Justiça para ir a júri popular.
A data do julgamento ainda não foi marcada. As acusações contra o comandante incluem homicídios qualificados com dolo eventual, indicando que ele assumiu o risco de causar mortes, mesmo sem intenção direta. Neste momento, a defesa de Marcos de Souza Oliveira não se pronunciou sobre o caso.
O juiz Homero Lamarão Neto, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Belém, rejeitou os pedidos da defesa do comandante da lancha, tanto de absolvição quanto de desclassificação para homicídio culposo. O processo segue seu curso e as famílias das vítimas aguardam por justiça.
O trágico naufrágio da Dona Lourdes II ocorreu em 8 de setembro de 2022, quando a embarcação partiu da ilha de Marajó em direção a Belém, vindo a afundar perto da Ilha de Cotijuba. A embarcação não possuía autorização para navegar e utilizava um porto clandestino para o embarque de passageiros não cadastrados, conforme a Secretaria de Segurança do Pará (Segup).
A tragédia chocou a região e levantou debates sobre a segurança no transporte aquaviário. A clandestinidade e a falta de fiscalização adequada foram apontadas como fatores que contribuíram para o desastre. Agora, a espera por justiça continua, com o aguardo do julgamento do comandante da lancha.
Para mais informações sobre o estado do Pará e outras notícias relevantes, acompanhe as atualizações do DE PA. O caso Dona Lourdes II mantém-se como um triste lembrete dos perigos enfrentados no transporte marítimo e da necessidade de medidas efetivas para evitar novas tragédias.