Naufrágio do Pallas dificulta expansão do complexo portuário em SC; entenda os desafios e perspectivas futuras.

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Naufrágio há 131 anos barra chegada de grandes navios e atrapalha expansão de complexo portuário em Santa Catarina; entenda

A embarcação conhecida como Pallas foi utilizada para transportar alimentos e passageiros entre Rio de Janeiro e Buenos Aires, naufragando em 25 de outubro de 1893, durante a Revolta Armada. O navio repousa no fundo do rio que liga Itajaí e Navegantes, no Litoral Norte de Santa Catarina, representando um importante marco histórico que dificulta a chegada de navios maiores ao canal do terceiro maior complexo portuário de contêineres do Brasil.

O Complexo Portuário de Santa Catarina, composto pelo Porto Público de Itajaí e outros sete terminais privados, possui grande relevância, representando 13,03% do mercado nacional e movimentando 14,17 milhões de toneladas em 2024, ficando atrás apenas de Santos (SP) e Paranaguá (PR). A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) vislumbra potencial de destaque para a estrutura portuária, especialmente após o anúncio de um pacote de investimento de R$ 689 milhões, prevendo a retirada do navio naufragado até 2030.

A modernização do canal para permitir o atracamento de navios ainda maiores é uma prioridade, buscando elevar a capacidade do Porto de Itajaí para abrigar estruturas de até 400 metros. Com uma média de 900 embarcações por ano em Itajaí, a expectativa é de um aumento de 35% após as obras, enquanto Navegantes pretende ampliar sua capacidade de movimentação de contêineres de 1,5 milhão para 2 milhões de TEUs.

O naufrágio do Pallas tem origem em um episódio de resistência durante a Revolta Armada, envolvendo militares da Marinha que tentaram derrubar Floriano Peixoto do poder. A recusa do comandante do navio em colaborar com os revoltosos levou ao acidente, que resultou na progressiva destruição da embarcação no fundo do rio. A remoção do Pallas, planejada para iniciar em junho, requer um cuidadoso processo de desmanche para viabilizar a retirada da estrutura preservando seu valor histórico.

A atualização da profundidade do rio e a modernização de equipamentos são essenciais para permitir a chegada de navios de última geração ao complexo portuário. O desafio de adequar a infraestrutura para receber embarcações de até 400 metros de comprimento demanda investimentos e ajustes estruturais, visando impulsionar o crescimento e a competitividade do porto. As obras em andamento e as melhorias planejadas indicam um horizonte promissor para o Complexo Portuário de Santa Catarina, impulsionando o desenvolvimento econômico da região.

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