Negligência e morte de criança em sofá: caso polêmico em Paulista, Recife

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Negligência e bebê resgatada: o que se sabe sobre a morte de uma criança que passou 24 horas no sofá

Um trágico acontecimento chocou a população da comunidade Asa Branca, em Paulista, no Grande Recife. Um menino de apenas 2 anos perdeu a vida no domingo (31), mas seu corpo só foi descoberto na segunda-feira (1º), quando vizinhos notaram a ausência de movimentação na residência e acionaram a polícia. O caso, que envolve uma família peculiar, está sendo investigado pela Polícia Civil e levanta questionamentos sobre a negligência e omissão de socorro.

De acordo com o Conselho Tutelar, o menino ficou 24 horas no sofá da casa até que o caso fosse denunciado. O mais chocante é que os pais da criança, um casal formado por irmãos consanguíneos que mantêm um relacionamento incestuoso, não procuraram ajuda médica quando o menino teve uma convulsão. A falta de socorro levanta questionamentos sobre a responsabilidade dos pais em proteger e cuidar do filho.

Os pais, ambos com 18 e 24 anos, foram ouvidos no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, no Recife, mas não foram presos pela omissão de socorro. Mesmo sendo proibido o casamento incestuoso no Brasil, a princípio, não há medidas legais contra os pais. A outra filha do casal, uma bebê de 9 meses, foi acolhida pelo Conselho Tutelar, que não encontrou sinais de maus-tratos na criança.

Vizinhos relataram à conselheira tutelar que o casal era negligente com os filhos e que não era a primeira vez que a criança falecida havia sido acolhida pelo Conselho Tutelar. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil como “morte a esclarecer, sem indício de crime”, o que causa indignação na comunidade local. A falta de clareza sobre os motivos que levaram à morte da criança e a omissão de socorro por parte dos pais geram revolta e preocupação na região.

A questão do incesto e suas consequências, além da negligência flagrante por parte dos pais, levantam debates sobre a proteção das crianças e a necessidade de intervenção em casos de violência familiar. É dever da sociedade e das autoridades competentes garantir a segurança e o bem-estar das crianças, seja através de medidas preventivas, como a educação e conscientização, ou ações repressivas, quando necessário. A tragédia envolvendo o menino de 2 anos reforça a importância da denúncia e do combate à negligência e aos maus-tratos infantis.

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