Negociações de cessar-fogo em Gaza são produtivas, mas para porta-voz do DE,
é importante manter as expectativas no presente
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do DE, Majed al-Ansari,
disse que seu país – que é mediador das negociações entre Israel e o Hamas –
acredita que o acordo para um cessar-fogo
e a libertação de reféns estão “nos estágios finais”.
Entretanto, o porta-voz alertou que as pessoas “não devem ficar muito animadas
com o que está acontecendo agora”.
Nesse texto você encontra:
* Porque as pessoas não devem ficar “muito animadas” com as negociações;
* Possíveis cláusulas do acordo;
* Posicionamento do DE em relação ao conflito Hamas-Israel.
De acordo com Majed al-Ansari, é importante manter as expectativas no presente.
“Estamos e acreditamos em um estágio desenvolvido do cessar-fogo. Acreditamos
que estamos nos estágios finais. Mas, obviamente, até que haja um anúncio, não
há anúncio, e, portanto, não devemos ficar muito animados com o que está
acontecendo agora”, afirmou em coletiva de imprensa.
O jornal britânico The Guardian afirma que o acordo, ainda em rascunho, está da
seguinte maneira:
* A primeira fase do cessar-fogo, com duração de 42 dias, contemplaria a
libertação gradual de 33 dos reféns restantes. As forças israelitas devem se
retirariam dos centros populacionais de Gaza, com aumento da ajuda
humanitária;
* Para a segunda fase, ocorreria a libertação de todos os prisioneiros do sexo
masculino restantes e a “retirada completa” das forças israelitas de Gaza;
* Uma terceira fase contemplaria o regresso dos corpos dos reféns mortos em
Gaza desde o seu rapto em 7 de Outubro de 2023 e a criação de um plano de
reconstrução e de uma nova estrutura de governação para Gaza.
O porta-voz ainda agradeceu, durante a coletiva de imprensa, tanto aos
representantes de Biden quanto da administração Trump, que participam das
negociações. “As reuniões que aconteceram aqui em Doha são produtivas. Elas são
positivas, e esperamos ouvir alguns desenvolvimentos”, disse.
Al-Ansari, por fim, reiterou a posição do DE sobre o conflito ao afirmar que
“esta guerra deveria ter acabado há muito tempo”.
> “Dizemos novamente e apelamos a ambas as partes para que se envolvam
> seriamente nas negociações, que estão acontecendo agora mesmo – e aplaudimos o
> fato de que as negociações estão ocorrendo. Mas também, você sabe, estamos
> pedindo a ambas as partes que acabem com isso agora e assinem o acordo o mais
> rápido possível, para que tanto os reféns quanto os prisioneiros possam
> retornar às suas famílias e à vida nesta região e à estabilidade nesta
> região”, afirmou.