Última atualização 16/08/2022 | 18:24
Nove comissionados da Prefeitura de Luziânia podem perder o cargo em breve, se uma recomendação do Ministério Público de Goiás (MPGO) foi atendida. A instituição recomenda que o chefe do Executivo local, Diego Sorgatto, exonere as pessoas com algum tipo de parentesco ou vínculo pessoal com ele, com vereadores, secretários ou outras pessoas com influência política no município. O pedido estaria embasado em clara troca de favores pelo nepotismo.
Os servidores Francisco José Cardoso Feitosa, Carolina Fernandes Feitosa e Jackeline Fernandes Feitosa, irmão e filhas do vereador Paulo César Feitosa, Lucas Silva da Cunha, filho do secretário municipal de Administração do Jardim Ingá, Marcos Antônio da Cunha, Amanda Florentino Martins Souza, filha do atual secretário municipal de Relações Institucionais de Luziânia, Mardônio Florentino Martins,
No documento elaborado pelo promotor de Justiça Julimar Alexandrino da Silva há ainda outros quatro servidores comissionados, que têm relações de parentesco com dois ex-secretários. São eles: o assessor especial Paulo Henrique Alves Laquis e a coordenadora de Eventos e Logística, respectivamente sobrinho e irmã de Eliel Flores Roriz Júnior, ex-secretário municipal de Promoção Social; e Gislaine Barbosa da Silva Oliveira e Neemias Barbosa Oliveira, esposa e filho do ex-secretário municipal de Saúde, Divonei Oliveira de Souza. Todas as nomeçãoes teriam sido por troca de favores.
De acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF), situações do gênero são proibidas pela Constituição Federal. O prefeito deve responder o MPGO em até cinco dias se acolherá a recomendação. Caso ele não a atenda, a instituição avaliará as medidas judiciais ou extrajudiciais cabíveis.