Goiânia terá a semana mais fria de novembro em quase 30 anos e estado tem alerta de tempestade; confira previsão

Goiânia terá a semana mais fria de novembro há quase 30 anos e estado tem alerta de tempestade; confira previsão

Goiânia deve registrar nesta semana a menor temperatura para o mês de novembro desde 1993 quando os termômetros marcaram 14,6ºC. A mínima deve chegar a 12ºC nesta sexta-feira, 4. A explicação para a mudança drástica e anormal no tempo para essa época é a La Ninã e a atuação de correntes polares. 

“A chegada de uma frente fria vai derrubar as temperaturas, o que é atípico para um mês de novembro. Normalmente, a circulação de ventos em altitudes das ondas de circulação das correntes polares chegam somente até a região do Brasil, o que também não seria comum para este mês. Desta vez, fatos fortes de ventos deslocaram a massa de ar polar para Goiás”, explica a chefe do Instituto Nacional de Meteorologia de Goiás (Inmet), Elizabeth Ferreira.

Frio e chuva para Goiás

De acordo com ela, os goianienses devem enfrentar tempestades com ventos de até 100 km. No interior do estado, as chuvas serão isoladas e concentradas na região centro-sul. Podem ocorrer granizo na região sudoeste de Goiás. 

Para essa terça-feira,1º, o Inmet alerta para o risco de corte de energia, queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas. A chuva deve ficar entre 30 e 100 milímetros. O frio e chuviscos se manterão até quinta-feira, 3, já que na sexta-feira, 4, haverá mais sol e menos nuvens. O tempo firme com retorno do calor ocorrerá a partir da segunda-feira, 7.

A mudança brusca de temperatura afeta muito a saúde. A orientação dos especialistas é manter exercícios, hidratação e vitamina D. Além disso, cuidados como limpar o ambiente, evitar aglomerações e ambientes fechados, lavar as mãos, manter as vacinas em dia, utilizar roupas e agasalhos adequados, proteger as extremidades do corpo com toucas, luvas, mantas e outros acessórios e usar cobertores para reter calor durante o sono colaboram no processo.

Confira a previsão do tempo para esta semana:

-Terça (1º): máxima de 27°C e mínima de 20°C

-Quarta (2): máxima de 23°C e mínima de 16°C

-Quinta (3): máxima de 15°C e mínima de 22°C

-Sexta (4): máxima de 12°C e mínima de 24°C

 

(Fonte: Inmet)

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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