Nesta terça, 4, Tebet e Ciro devem decidir apoio no segundo turno

Simone Tebet Ciro Gomes

Nesta terça-feira, 4, as cúpulas de três partidos se reunirão para definir o apoio do segundo turno na disputa pela presidência da República. O PDT, de Ciro Gomes, além de PSDB e Cidadania, que apoiaram a candidatura de Simone Tebet (MDB), escolherão de qual lado ficarão até o dia 30 de outubro.

Apoios de Tebet e Ciro

Nas Eleições 2022, Simone Tebet terminou em terceiro lugar, atrás apenas de Lula (PT) e Bolsonaro (PL), justamente os dois que disputarão o segundo turno para presidente. A emedebista ficou com 4.915.423 votos, 4,16% do total. Ciro Gomes, por sua vez, ficou em quarto ao acumular 3.599.287 votos, 3,04% do total.

Somando os percentuais dos dois candidatos, Tebet e Ciro ficaram com 7,2% dos votos do Brasil. Considerando que a diferença entre Lula e Bolsonaro foi de 5,23%, um apoio do terceiro e quarto colocados nas Eleições pode ser decisivo no segundo turno, para um lado ou para o outro.

Ao longo das campanhas e também nos debates, tanto Tebet quanto Ciro criticaram Lula e Bolsonaro de forma enfática. Ambos se postaram como “terceira via”, a fim de oferecer uma solução que não tivesse a ver com o petista e o atual presidente.

Assim que se definiu a disputa de um segundo turno para presidente, Simone Tebet logo se pronunciou, afirmando que já tinha um posicionamento e não ficaria em cima do muro. No entanto, aguardaria a decisão dos partidos antes de divulgar a sua escolha. Ciro Gomes, por sua vez, pediu tempo para pensar e também optou por esperar pelo posicionamento de seu partido.

Na disputa do primeiro turno pela presidência da República, Lula terminou com 48,43% dos votos válidos, contra 43,20% de Bolsonaro. A votação do segundo turno acontecerá em 30 de outubro.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Gabinete de transição ganha reforço com Simone Tebet e Kátia Abreu 

Duas semanas após as eleições, o grupo de trabalho responsável pela transição do governo para a posse Lula ganhará reforços. Na lista de integrantes do gabinete que devem ser nomeados estão a ex-presidenciável Simone Tebet, a filha do cantor Gilberto Gil, Bela Gil, e a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Os nomes foram anunciados pelo vice-presidente eleito e coordenador do trabalho, Geraldo Alckmin,  nesta segunda-feira. Ao todo são 31 grupos técnicos.

Gil e Tebet fazem parte do tópico Desenvolvimento Social e Combate a Fome, enquanto Abreu de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As áreas ainda sem nomes definidos são Infraestrutura, Minas e Energia, Previdência Social, Trabalho, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento Agrário, Pesca e Turismo. (Veja abaixo todos os nomeados no gabinete de transição).

Na semana passada, a goiana Iêda Leal  foi incluída no grupo para cuidar do eixo e Igualdade Racial com outras seis pessoas, incluindo a ex-ministra da área na gestão de Dilma Rousseff, Nilma Gomes. As outras formações para discussão e planejamento são  Comunicação, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Planejamento, Orçamento e Gestão, Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas e Mulheres. 

Há 20 anos, uma lei federal garante acesso de uma equipe formada por 50  pessoas e de um coordenador a informações e dados de instituições públicas. A medida visa colaborar no planejamento de ações a partir da posse do presidente eleito. O trabalho está autorizado a  começar no segundo dia útil do anúncio do vencedor da eleição e deve ser finalizada até o décimo dia após a posse presidencial.

Confira a lista completa dos integrantes do gabinete de transição:

Economia

-Persio Arida, banqueiro, foi presidente do BNDES e do BC

-Guilherme Mello, economista, colaborou com o programa de Lula

-Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento de Dilma (PT)

-André Lara Resende, economista e um dos pais do Plano Real

Planejamento, Orçamento e Gestão

-Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento 

-Esther Dweck, professora da UFRJ

-Antônio Correia Lacerda, presidente do Conselho Federal de -Economia

-Enio Verri, deputado federal (PT-PR)

Comunicações

-Paulo Bernardo, ministro das Comunicações de Dilma

-Jorge Bittar, ex-deputado (PT)

-Cézar Alvarez, ex-secretário no Ministério das Comunicações

-Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Indústria, Comércio e Serviços

-Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES sob Lula e sob Dilma (2007-2016)

-Germano Rigotto, ex-governador do RS (MDB)

-Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea

-Rafael Lucchesi, Senai Nacional

-Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Micro e Pequenas Empresas

-Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária

-Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae

-André Ceciliano, candidato derrotado ao Senado pelo PT no Rio

-Paulo Feldmann, professor da USP

Desenvolvimento Social e Combate à fome

-Simone Tebet, senadora (MDB)

-André Quintão, deputado estadual (PT-MG), sociólogo e assistente social

-Márcia Lopes, ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula

-Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff

-Bela Gil, apresentadora

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

-Carlos Fávaro, senador (PSD-MT)

-Kátia Abreu, senadora (Progressistas-TO)

-Carlos Ernesto Augustin, empresário

-Neri Geller, deputado (PP-MT)

Cidades

-Márcio França, ex-governador de São Paulo (PSB)

-João Campos, prefeito do Recife (PSB)

Desenvolvimento Regional

-Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP)

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp