Neto de Getúlio Vargas é encontrado morto em Porto Alegre

O neto do ex-presidente Getúlio Vargas, Getúlio Dornelles Vargas Neto, de 61 anos, foi encontrado morte nesta segunda-feira, 17, em Porto Alegre. Segundo a polícia, o pecuarista, que vivia na capital gaúcha de onde cuidava dos negócios da família, apresentava um ferimento de arma de fogo na cabeça. Vargas Neto foi achado por uma empregada, em seu apartamento, no bairro de Moinhos de Vento, no início da manhã.

Conforme a delegada Roberta Bertoldo, ao lado do corpo foi encontrada uma carta de despedida endereçada à família. Para os investigadores, não há dúvidas de que o caso trata-se de suicídio.

A conclusão oficial, porém, será divulgada apenas no final do inquérito, instaurado na tarde desta segunda-feira. Vargas Neto era filho de Manuel Antônio Sarmanho Vargas, morto aos 79 anos. Um dos cinco filhos de Getúlio – que se suicidou em 1954, aos 72 anos – Maneco, como era conhecido, tirou a própria vida em 1997, no interior do Rio Grande do Sul. O neto de Getúlio Vargas morava com uma filha, que está viajando. Ele deixa quatro filhos.

As informações são do Estadão

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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