Nevada ainda pode reeleger Trump

Por essa ninguém esperava: o estado que abriga a cidade de Las Vegas, famosa pro seus cassinos, pode ser o fator decisivo nas eleições presidenciais nos Estados Unidos.

Até o fim da noite, Donald Trump surpreendia o mundo com mais uma aparente vitória arrasadora, que contrariava todas as pesquisas e boa parte da mídia mundial. O candidato vencia Joe Biden em todos os estados decisivos: Wisconsin, Michigan, Pensilvânia e Geórgia.

Por volta das cinco da manhã desta quarta-feira, 4, Joe Biden teve um rápido disparo de votos em Wisconsin e Michigan, e neste momento já lidera nos dois estados, levando 26 delegados.

Trump, durante fala feita na madrugada, celebrou os resultados, se disse confiante e declarou: “nós ganhamos essa eleição”. Também acusou os opositores de fraude, devido à parada na contagem dos votos, seguida da retomada vitoriosa de Biden.

As eleições americanas podem acabar na suprema corte, como aconteceu entre George W. Bush e Al Gore, em 2000. Mas um estado surpresa pode mudar este cenário e decidir logo nas urnas: Nevada.

O estado, cuja maior cidade é Las Vegas, conhecida pela jogatina, tem apenas 67% das urnas apuradas, e que pararam a contagem há algumas horas. A federação oferece 6 delegados ao ganhador, e Trump perde por apenas 8.000 votos.

Caso ganhe em Nevada, na conjuntura atual, Donald Trump será reeleito presidente dos Estados Unidos, com os exatos 270 delegados de que precisa. É jogo para cardíaco!

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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