Nevasca rara transforma Deserto Saudita em cenário branco

No dia 9 de novembro de 2024, um fenômeno climático raro e inédito ocorreu no deserto saudita, transformando a região árida e quente em um cenário branco e gelado. A nevasca, que é extremamente rara na região, cobriu vastas áreas do deserto com uma camada de neve, deixando moradores e turistas surpresos e maravilhados.
 
A região afetada inclui a província de Tabuk, localizada no noroeste da Arábia Saudita, onde a neve caiu em várias cidades e vilarejos. A temperatura baixou significativamente, permitindo que a neve se acumulasse no solo, um evento que muitos moradores nunca haviam visto antes.
 
“É um dia histórico para nós. Nunca vimos neve aqui antes,” disse um morador local, expressando a surpresa e a alegria da comunidade diante do fenômeno.
 
As imagens compartilhadas nas redes sociais mostram carros e estradas cobertos de neve, crianças brincando e fazendo bonecos de neve, e paisagens desérticas transformadas em cenários invernais. A nevasca também atraiu turistas que queriam testemunhar o evento raro.
 
A neve no deserto saudita é um evento extremamente raro devido às altas temperaturas e baixa umidade da região. O último registro de neve na área data de 2018, quando uma leve nevasca ocorreu em algumas partes da província de Tabuk.
 
As autoridades locais alertaram os moradores sobre as condições climáticas adversas e aconselharam a tomar precauções necessárias para garantir a segurança. No entanto, a maioria das pessoas aproveitou a oportunidade para desfrutar do clima invernal inédito.
 
O fenômeno climático também gerou discussões sobre as mudanças climáticas globais e como elas podem afetar regiões tradicionalmente quentes e áridas. Especialistas em meteorologia estão monitorando a situação para entender melhor as causas e implicações do evento.
 
Enquanto a neve começa a derreter, os moradores e visitantes continuam a compartilhar suas experiências e imagens do evento histórico, que certamente será lembrado por muito tempo.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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