Neymar será intimado a depor contra agiotas que atuava em Goiânia e Brasília

Neymar será intimado a depor contra agiotas que atuava em Goiânia e Brasília

O jogador do Paris Saint-Germain e Seleção Brasileira, Neymar Jr. deve ser intimado a depor como testemunha, em uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrada nesta sexta-feira, 27, contra uma quadrilha suspeita de movimentar R$ 16 milhões, entre os anos de 2019 e 2021.

Ao todo, a corporação prendeu temporariamente três integrantes de uma quadrilha voltada à prática de agiotagem, receptação de joias e pedras preciosas e lavagem de dinheiro. O dinheiro dos crimes era ‘lavado’ através das contas de seis empresas de fachada, sediadas em Brasília e em Goiânia, além de um ‘testa de ferro’, de acordo com a polícia. 

Neymar será ouvido como testemunha para prestar informações sobre a compra de duas joias adquiridas de um dos alvos da operação.

Investigação

Segundo a polícia, a investigação apontou que o grupo fazia empréstimo de dinheiro a juros superiores aos permitidos e cobrava os valores mediante o emprego de ameaças. Durante as cobranças, o grupo também exigia a transferência e entrega dos veículos dos endividados, como garantia.

Os investigados são donos de um cassino de poker em Águas Claras, local onde também realizaram agiotagem, mirando jogadores que se endividaram nas partidas.

As prisões ocorreram no Park Way, Águas Claras, Vicente Pires e Ceilândia. Também foram cumpridos mandados de busca em uma joalheria de Taguatinga, no cassino de poker do grupo em Águas Claras e em uma marina da Asa Norte.

De acordo com a polícia, foram sequestrados, por ordem judicial, dois veículos importados, da marca Porsche e Land Rover, e uma lancha de 50 pés, avaliados em R$ 2 milhões. Também foi determinado o bloqueio de valores em cinco contas dos investigados, no montante de R$ 16 milhões.

Os mandados de prisão, busca e apreensão e sequestro foram expedidos pelo Juiz da 2ª Vara Criminal de Águas Claras. Conforme a corporação, um dos presos já se envolveu em delitos de extorsão, receptação, furto e homicídio.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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