Nikolas Ferreira e Zambelli criticam primeira-dama Janja por viagem ao Pará

Nikolas Ferreira e Zambelli detonam a primeira-dama Janja durante viagem ao Pará

A primeira-dama Rosângela Lula da Silva, conhecida como Janja, foi alvo de críticas por parte dos deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carla Zambelli (PL-SP). Ela compartilhou em suas redes sociais vídeo da visita à comunidade ribeirinha da Ilha do Combú, em Belém, durante a agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do presidente francês, Emmanuel Macron.

“Vou falar baixinho porque o presidente Lula e o presidente Macron estão gravando um vídeo e a gente está navegando aqui, indo para ilha do Combú, conhecer uma comunidade ribeirinha. Eu estou muito emocionada, porque essa foi uma ideia que nasceu de uma conversa e eu tô muito feliz que deu tudo certo! Eu tô aqui tomando um suco de bacuri, que eu amo, fruta da Amazônia. Isso aqui é uma preciosidade, uma joia pro mundo. E a gente tem que tomar muito cuidado com tudo isso aqui. A COP-30, ano que vem, 2025, vai ser aqui em Belém, e vai ser tudo muito lindo”, disse Janja.

Nikolas Ferreira ironizou ao compartilhar o vídeo da primeira-dama, destacando a epidemia de dengue no Brasil. “Brasil supera a marca de 2 milhões de casos de dengue em 2024 e registra 682 mortes. Janja comenta”, publicou o parlamentar, sugerindo que Janja estaria omitindo a gravidade da situação.

O vídeo também foi compartilhado por Zambelli, associando-o à suposta omissão de temas como queimadas e a situação econômica do Brasil. “A primeira-blogueira Janja está viajando de novo, claro. E com o seu dinheiro”, disse.

A publicação veio acompanhada de uma petição pedindo o impeachment do presidente Lula, que já conta com mais de 400 mil assinaturas.

https://twitter.com/Zambelli2210/status/1772781039665963066

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também criticou a primeira-dama, referindo-se aos recordes de mortes de indígenas Yanomamis e de casos de dengue. “Deslumbrada é pouco…”, escreveu em sua conta no antigo Twitter.

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Braga Netto tentou obter dados de delação de Mauro Cid

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de decretar a prisão do general Walter Braga Netto, na manhã deste sábado, 14, foi fundamentada pela tentativa de ele tentar obter detalhes da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, para a Polícia Federal em setembro do ano passado. Segundo a Polícia Federal, a ação pode ser caracterizada como obstrução de Justiça. As informações foram prestadas na última audiência de Mauro Cid à PF, no dia 21 de novembro.

A decretação da prisão, assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, a investigação, conforme a Polícia Federal, demonstra que houve contatos de Braga Netto com o pai de Mauro Cid, o general Mauro César Lourena Cid.

“[Os contatos] tinham a finalidade de obter dados sigilosos, controlar o que seria repassado à investigação, e, ao que tudo indica, manter informado os demais integrantes da organização criminosa”, aponta a decisão de Moraes.

O ministro é relator do inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Outro argumento aponta que a PF, no dia 8 de fevereiro deste ano, data da deflagração da operação “Tempus Veritatis”, encontrou papeis na mesa do coronel Flávio Botelho Peregrino, assessor de Braga Netto, que orientariam perguntas e respostas sobre delação de Mauro Cid.

“Foi identificado na sede do Partido Liberal (PL), sob a mesa do coronel Flávio Botelho Peregrino, assessor do general Braga Netto, documento com perguntas e respostas acerca da colaboração premiada realizada pelo investigado Mauro Cid”.

Na decisão de Moraes, há trechos de como Cid informou à PF sobre as ações do general.

“Basicamente isso aconteceu logo depois da minha soltura, quando eu fiz a colaboração naquele período, onde não só ele como outros intermediários tentaram saber o que eu tinha falado”.

Dinheiro na sacola de vinho

Outra novidade que Mauro Cid trouxe, na audiência no último dia 21, foi sobre o financiamento das ações de forças especiais por parte de Braga Netto.

“O general repassou diretamente ao então Major Rafael de Oliveira dinheiro em uma sacola de vinho, que serviria para o financiamento das despesas necessárias à realização da operação”, apontou Cid.

Isso foi confirmado pela PF que descobriu a compra de celular e carregamentos de chip, com pagamentos em espécie em estabelecimento na cidade de Brasília.

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