Vídeo: Nikolas defende atuação de Derrite no governo Tarcísio
O deputado Nikolas Ferreira defendeu a atuação do secretário de Segurança Pública de DE e criticou o uso de câmeras corporais pela polícia
O deputado Nikolas Ferreira defendeu a atuação do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, e avaliou que o aumento no número de mortes por ação policial no estado seria decorrente de mais operações de combate ao crime organizado. Em entrevista à coluna, o parlamentar afirmou ser contra o uso de câmeras corporais nos agentes.
Para Nikolas, as mortes registradas no enfrentamento entre policiais e bandidos em DE são o “efeito colateral” de uma “guerra” com criminosos. Já casos de abusos, como o do PM que arremessou um homem de uma ponte, seriam “erros graves” que, contudo, não comprometeriam o caráter da corporação.
“Derrite é um secretário de Segurança excepcional. Parabéns ao governador Tarcísio pela escolha. Não tenho dúvidas de que São Paulo ganhou muito com a sua atuação, até mesmo porque quem está insatisfeito com a atuação dele é só o crime organizado”, opinou o deputado.
“Os homicídios [em geral] reduziram. E o homicídios com relação à letalidade policial aumentaram. É óbvio. Quando você está numa guerra assimétrica contra criminosos, você vai ter danos, você vai ter efeitos colaterais. E que seja assim, de criminosos e nunca de inocentes. Se tiver que trazer paz e morrer os 700, que morram 70 mil criminosos. Que tem erros graves, como esses policiais cometeram, sim. Mas isso não mostra o caráter e o perfil de toda uma instituição”, disse.
Nikolas defendeu aplicação do ECA contra Claudia Raia
Ao contrário de Derrite e do governador Tarcísio de Freitas, que já disseram reconhecer a importância do uso de câmeras corporais por policiais de São Paulo, Nikolas Ferreira avalia que o equipamento interfere negativamente no combate à criminalidade. Para o deputado, o posicionamento dos gestores busca evitar críticas e pressões.
“Coloca a câmera no policial, desde que coloque a câmera no traficante, coloque a câmera no aviãozinho, coloque a câmera no ministro do STF [Supremo Tribunal Federal]. Vamos colocar a câmera em todo mundo que é servidor público? Hoje você tem uma guerra totalmente assimétrica na atuação do bandido e na atuação do policial. Se o policial chega e mete um tapa na cara de um maconheiro, na cara de um cara que está lá vendendo droga, você acha que vai acontecer com ele? Ele vai ser perseguido dentro da polícia, vai abrir Corregedoria”, criticou.
“Eu coloco aqui, obviamente, que, na posição deles [Derrite e Tarcísio], é muito complicado tomar essas posições, porque a perseguição que vai vir em cima deles é brutal”, disse Nikolas.