Nível de água do reservatório João Leite está em 98% da capacidade total

água

O tempo chuvoso aliado ao planejamento devem ajudar os goianos a passarem mais um ano sem racionamento de água e energia. O reservatório para abastecimento público João alcançou 98% da capacidade total. Os índices favoráveis também valem para os dois reservatórios de geração de energia elétrica no estado abastecidos pelas bacias do Paranaíba e do Tocantins. 

 

De acordo com o gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), André Amorim, os patamares são considerado muito bons. “Independente do tempo chuvoso ou seco, todos nós devemos fazer o uso racional da água para abastecimento público e energia elétrica. Tivemos chuvas muito irregulares, mas a chegada delas nas bacias ajudou na recuperação do volume”, aponta.

 

A Bacia Hidrográfica do Rio Meia Ponte, que é a principal fornecedora de água para a Região Metropolitana de Goiânia, está com a vazão em 29.929 litros por segundo, conforme aponta o monitoramento hídrico da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). O número está bastante acima do mínimo do primeiro dos seis níveis de segurança, que discrimina a queda de escoamento por faixa.

 

*Capacidade de armazenamento de energia da bacia/reservatório em relação ao subsistema considerando todos os reservatórios cheios. (Fonte: ONS)

 

Ele explica que a adoção de bandeiras tarifárias de energia elétrica para custear o acionamento das termelétricas foi motivada não apenas pelo baixo nível de água dos reservatórios, mas também pela estratégia de reduzir a pressão sobre eles. “Estamos fora de um momento crítico”, diz. Goiás tem seis reservatórios vinculados à Bacia do Paranaíba e um do Tocantins, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). 

 

“Sobre o período seco temos que aguardar. A bacia do Paranaíba teve uma seca relativa, ali na parte sudoeste do estado. Temos que aguardar para ver o comportamento e quanto tempo de seca nós teremos. A princípio, pelo nível de volume útil hoje, creio que conseguiremos passar a estiagem até que as chuvas retornem”, detalha André.

 

A previsão do tempo é de chuvas fortes até o fim de março. A partir de abril, a periodicidade cai e o calor e a secura passam a se tornar frequentes.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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