Vazão do Rio Meia Ponte está abaixo do ideal, mas ‘dá para o gasto’

Nível de vazão do Rio Meia-Ponte, que abastece a Grande Goiânia, está abaixo do ideal

A Bacia Hidrográfica do Rio Meia Ponte é a principal fornecedora de água da Região Metropolitana de Goiânia. O ideal é que o nível de vazão diário seja superior a 12.000 L/s, para garantir um abastecimento eficaz. No momento, mesmo com o período chuvoso em Goiás, os números estão abaixo do mínimo, gerando um “Nível de Atenção”. De qualquer forma, não é um dado tão preocupante quanto parece.

O nível de vazão do Rio Meia Ponte

De acordo com o Governo de Goiás, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), a vazão média do dia 18 de novembro foi de 10.244 L/s. Essa data foi quando ocorreu a última atualização no Monitoramento Diário dos Pontos de Controle da Vazão do Rio Meia Ponte.

Os protocolos de segurança apontam que vazão de escoamento menor ou igual a 12.000 L/s já entra em “Nível de Atenção”. Caso o valor diminua para menos de 9.000 L/s, a situação entra em “Nível de Alerta”. Com menos de 5.500 L/s, se inicia o “Nível Crítico”. Atualmente, o Rio Meia Ponte tem o suficiente para todos.

“O que nós temos hoje dá para o gasto de todos os usuários. Mas, apesar de estar com o índice relativamente bom, a questão do uso racional da água, em período chuvoso ou seco, tem que ser contínuo. Independente dessa situação, as pessoas têm que entender que a água é um bem limitado”, declara André Amorim, gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (Cimehgo), ao DE.

Depois de um longo período de seca em Goiás, que durou mais de cem dias neste ano, o estado passou a receber chuvas desde o mês de setembro. Nesta semana, inclusive, as Regiões Sudoeste e Norte serão as mais afetadas por tempestades, as quais seguem até o final de semana.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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